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Premiê britânico ordena investigação sobre Irmandade Muçulmana

"Primeiro-ministro ordenou uma avaliação, realizada internamente pelo governo, sobre a filosofia e as atividades da Irmandade Muçulmana, e sobre a política do governo vis-à-vis a organização", declarou um porta-voz

Agência France-Presse
postado em 01/04/2014 15:04
Londres - O primeiro-ministro britânico David Cameron ordenou uma investigação sobre a Irmandade Muçulmana, em razão de preocupações sobre as atividades no Reino Unido deste movimento islâmico, considerado "organização terrorista" no Egito, indicou Downing Street.

"O primeiro-ministro ordenou uma avaliação, realizada internamente pelo governo, sobre a filosofia e as atividades da Irmandade Muçulmana, e sobre a política do governo vis-à-vis a organização", declarou nesta um porta-voz do primeiro-ministro.

"Levando em conta as preocupações expressas sobre o grupo e suas supostas ligações com o extremismo e a violência, é razoável e prudente tentar entender o que a Irmandade Muçulmana representa, como planejam alcançar seus objetivos e o que isso implica para Grã-Bretanha", acrescentou o porta-voz.

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Esta investigação é liderada pelo embaixador do Reino Unido na Arábia Saudita, John Jenkins. Segundo o The Times, o serviço secreto britânico é responsável pela coleta de informações sobre a irmandade no exterior e no Reino Unido, incluindo o número de membros que se refugiaram após a destituição do presidente egípcio Mohamed Mursi, em 3 de julho de 2013.

O jornal cita informações segundo as quais os líderes do movimento teriam se reunido em Londres no final de 2013 para decidir sobre uma resposta à situação no Egito.

Neste país, as autoridades militares que assumiram o poder após o golpe classificaram a Irmandade Muçulmana de "organização terrorista" e têm realizado uma repressão implacável contra o movimento. Quase todos os líderes foram presos e, assim como o presidente deposto, enfrentam a pena de morte em vários casos.

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