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Presidente argentina deve ser a madrinha de filha de casal lésbico

O batizado da menina será a primeira celebração do gênero realizada para um filho de uma união lésbica na Argentina

Agência France-Presse
postado em 01/04/2014 21:13
Buenos Aires - A presidente argentina, Cristina Kirchner, será a madrinha de batismo da filha de um casal de lésbicas, informou nesta terça-feira (1/4) à AFP uma das mães, Karina Villarroel.

O batizado da menina será a primeira celebração do gênero realizada para um filho de uma união lésbica na Argentina. Outros países, como a Espanha, já têm precedentes da cerimônia.

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"Cristina aceitou ser a madrinha, que gesto lindo! Tomara que ela venha à cerimônia. Ela realizou um sonho nosso", disse Villarroel, que mora na cidade de Córdoba, 700 km de Buenos Aires, onde a celebração será realizada no próximo sábado.

Procurada pela AFP, até o momento a Presidência da República não confirmou a presença de Kirchner no batizado, celebrado na catedral de Córdoba.

A menina se chama Umma Azul, e é filha de Villarroel com sua parceira, Soledad Ortiz, que gerou a criança após passar por uma fertilização in vitro.

[SAIBAMAIS]"Foi lindo todo o processo. Um filho muda a vida", comentou Villarroel, cuja filha nasceu no último 27 de janeiro. O convite foi feito à presidente argentina via Facebook.

Na Argentina, terra natal do papa Francisco, 75% da população é católica.

"Nós viemos de famílias católicas, mas não somos praticantes, não vamos todos os domingos à igreja. Queremos batizá-la mas depois ela poderá fazer o que quiser, seguir seu próprio caminho", disse Villarroel.

Então arcebispo de Buenos Aires, Jorge Mario Bergoglio se opôs ao casamento de pessoas do mesmo sexo, mas criticou os sacerdotes que se negavam a batizar bebês de mães solteiras ou filhos de homossexuais.

Em setembro de 2012, seis meses antes de ser designado Sumo Pontífice, Bergoglio exigiu aos sacerdotes de sua diocese que administrassem o sacramento do batismo a todos os bebês.

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