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Bashar al-Assad agradece à Rússia por estabelecer mundo multipolar

Ele recebeu em Damasco uma delegação russa de alto nível que o transmitiu uma mensagem do presidente Vladimir Putin, que apoia o regime sírio

Agência France-Presse
postado em 02/04/2014 12:22
O presidente sírio, Bashar al-Assad agradeceu nesta quarta-feira (2/4) à Rússia por ter restaurado um "mundo multipolar", após duas décadas de supremacia global dos Estados Unidos. Ele recebeu em Damasco uma delegação russa de alto nível que o transmitiu uma mensagem do presidente Vladimir Putin, que apoia o regime sírio financeiramente, politicamente e militarmente desde o início do levante, em março de 2011.

De acordo com a agência oficial de notícias SANA, Assad disse que "o importante papel desempenhado pela Rússia no cenário internacional contribui claramente para redesenhar um novo mapa de um mundo multipolar".

Ele acrescentou que a Rússia ajuda "a construir uma justiça internacional que é do interesse dos Estados e povos que defendem a sua soberania e uma tomada de decisão independente".

Assad manifestou "sua gratidão pelas posições adotadas pela Rússia e por seu apoio à Síria, e sua satisfação quanto ao atual nível de cooperação entre os dois países amigos".



A Síria acusa desde o início da revolta contra o seu regime as potências ocidentais e alguns países da região, como a Turquia e Arábia Saudita, de planejar um "complô terrorista".

A agência oficial de notícias SANA indicou que Assad fez estas declarações durante um encontro com a Sociedade Imperial Ortodoxa Palestina, liderada pelo ex-primeiro-ministro e ex-líder do Tribunal de Contas Sergei Stepashi, que entregou uma mensagem de Putin.

Em sua carta, segundo a agência, o presidente russo "reafirmou o compromisso de seu país em apoiar a resistência do povo sírio em todas as áreas, enquanto trava uma guerra contra o terrorismo internacional apoiada por alguns países ocidentais e da região".

Além disso, Bashar al-Assad afirmou que "o povo sírio não (tinha) nenhuma escolha a não ser derrotar o terrorismo". De acordo com a SANA, Stepashin condenou em nome da Rússia os "atos de grupos terroristas.

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