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Com eleição de novo primeiro-ministro, governo de Quebec será liberal

O premier, eleito em sua circunscrição, substituirá Pauline Marois, líder do Partido Quebequense

Agência France-Presse
postado em 08/04/2014 06:58
Montreal - Philippe Couillard, 56 anos, será o próximo chefe de governo de Quebec, após a vitória do Partido Liberal Quebequense (PLQ) nas eleições legislativas desta segunda-feira, em uma dura derrota para a primeira-ministra Pauline Marois.

O novo premier, eleito em sua circunscrição, substituirá Pauline Marois, líder do Partido Quebequense (PQ), à frente do governo da província de língua francesa desde setembro de 2012. "Toda Quebec venceu ao conquistar um governo estável", declarou Couillard, que prometeu formar "um governo competente, íntegro e transparente".

Stephen Harper, primeiro-ministro do governo federal canadense, enviou felicitações ao novo governante de Quebec e afirmou que o resultado da eleição na província revela que "os quebequenses rejeitaram a ideia de um referendo" sobre a independência.

[SAIBAMAIS]Quebec rejeitou a separação do restante do Canadá em dois referendos, em 1980 e 1995. Pesquisas recentes mostram que dois terços dos cidadãos da província não desejam reabrir o debate espinhoso. Couillard reafirmou claramente sua "adesão à Federação Canadense", o que provocou os aplausos de seus partidários reunidos em Saint-Félicien, perto do lago Saint-Jean, 300 km ao norte de Quebec.



Os seis milhões de eleitores registrados deram 41,5% dos votos ao PLQ, que terá 70 cadeiras de um total de 125 no Parlamento. No legislativo anterior, o partido contava com 49.

O PQ, que recebeu 25,4% dos votos, conquistou 30 cadeiras no Parlamento, 24 a menos que na eleição anterior. A coalizão CAQ, do nacionalista François Legault, recebeu 23,2% dos votos, que representam 22 cadeiras, quatro a mais que na legislatura anterior. O partido de esquerda Quebec Solidário, de Françoise David, obteve 7,5% dos votos e três cadeiras.

A separatista Pauline Marois anunciou na quarta-feira passada a dissolução do Parlamento da província de idioma francês canadense, alegando que o bloqueio da oposição forçava o governo a renovar a câmara.

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