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Funcionário americano detido em Cuba desde 2009 declara greve de fome

Gross "iniciou uma greve de fome na semana passada para protestar contra o tratamento desumano ao qual tem sido submetido", informou o advogado Scott Gilbert em Washington

Agência France-Presse
postado em 08/04/2014 15:18

Gross observou que os dois países compartilham a responsabilidade pela sua detenção,

Washington - O americano Alan Gross, um funcionário da Agência Americana de Ajuda ao Desenvolvimento (USAID) preso em Cuba desde 2009, deu início a uma greve de fome, informou seu advogado nesta terça-feira à AFP.

Gross "iniciou uma greve de fome na semana passada para protestar contra o tratamento desumano ao qual tem sido submetido, e pediu que os dois países (Cuba e Estados Unidos) ;resolvam este calvário embaraçoso; para que possa voltar para casa", informou o advogado Scott Gilbert em Washington.

Gilbert entregou à AFP uma mensagem do próprio Gross, onde ele afirma: "Iniciei uma greve de fome no dia 3 de abril, em protesto contra o tratamento que estou sendo submetido pelos governos de Cuba e dos Estados Unidos".

Gross observou que os dois países compartilham a responsabilidade pela sua detenção, "por falta de qualquer esforço razoável ou válido" para resolver a situação.

O americano foi detido em Cuba ao transportar equipamentos de telecomunicações sofisticados supostamente destinados a uma comunidade judaica cubana.

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No entanto, investigações da imprensa revelaram na semana passada que a USAID, que empregava Gross no momento da detenção, estava criando uma rede social em Cuba, usando empresas de fachada para promover a troca de informações entre os cubanos por meio de celulares.

Apesar de não ter sido confirmado que o americano realmente distribuía os equipamentos tecnológicos para a rede social montada pela USAID, Gilbert declarou que a decisão de seguir em frente com o projeto após a detenção de Gross foi "chocante".

"Uma vez que Alan foi preso, é chocante ver que a USAID colocou em risco a sua segurança ao lançar esta operação secreta em Cuba", disse Gilbert.

A USAID "tomou decisões absurdamente ruins, uma após a outra", acrescentou. Gilbert indicou ainda que Gross, de 64 anos, perdeu muito peso. " A sua saúde está se deteriorando, e ainda lhe resta 11 anos de prisão", observou.

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