Agência France-Presse
postado em 08/04/2014 16:59
Os Estados Unidos pediram nesta terça-feira (8/4) para a Coreia do Norte se espelhar no exemplo do Irã, afirmando que estão dispostos a negociar com uma nação hostil se suas promessas forem sérias.Em meio a tensões entre a Coreia do Norte e seus vizinhos, o secretário-adjunto de Estado, William Burns, declarou que os Estados Unidos se mantêm firmes em sua oposição ao programa nuclear norte-coreano, mas estão abertos à diplomacia.
"Nós já reiteramos diversas vezes que estamos dispostos a negociar quando os países mostram um interesse respeitável e sério em manter suas obrigações. Foi o caso de Mianmar, é o caso do Irã, e pode ser da Coreia do Norte também", explicou Burns, durante um evento em Nova York.
Mas o diplomata alertou que o país não vai cometer o mesmo erro duas vezes. "Não vamos realizar negociações improdutivas, ou responder às provocações norte-coreanas com incentivos e concessões", afirmou.
A Coreia do Norte propôs aos Estados Unidos uma reunião envolvendo seis países, incluindo a sua aliada China. Mas o líder Kim Jong-Un se negou a assumir compromissos de acordos anteriores, que incluem o abandono da fabricação de armas nucleares em troca de ajuda internacional.
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Os Estados Unidos, ao lado de outros cinco partes, estão negociando com o Irã e chegaram a um acordo preliminar, que determina que as sanções contra o país sejam reduzidas em troca do congelamento de suas atividades nucleares.
O Irã, rival político do EUA desde da revolução de 1979, nega as acusações de Israel e de outros países de que esteja buscando armas atômicas. Pyongyang, por outro lado, já realizou três testes nucleares, em resposta ao que classifica como hostilidade americana.
Mianmar iniciou negociações com Washington em 2009, terminando seu longo isolamento internacional, e desde então tem adotado reformas democráticas. O presidente Barack Obama, em resposta, retirou a maior parte das sanções contra o país, apesar de demonstrar preocupação com o tratamento dados às minorias.
Obama assumiu a Presidência em 2009 prometendo dialogar com os adversários dos Estados Unidos. A Coreia do Norte tem sido uma exceção, frustrando em diversas oportunidades o governo americano com suas ações.
Nas últimas semanas, o regime comunista realizou treinamentos militares próximo à fronteira com o Sul, além testes de drones rudimentares e de mísseis com capacidade de atingir o Japão.