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Marinha italiana salva quase 20.000 imigrantes em operação no Mediterrâneo

Cinco navios com mais de 9.000 militares estão atuando na operação, lançada em outubro do ano passado

Agência France-Presse
postado em 10/04/2014 16:27
Imigrantes se sentar em um barco durante uma operação de resgate na costa de Lampedusa, em março deste ano
Roma - A marinha italiana indicou nesta quinta-feira (10/4) que resgatou quase 20.000 imigrantes desde que lançou sua operação no Mediterrâneo, depois de dois naufrágios fatais, em outubro de 2013.

O chefe da marinha, Giuseppe De Giorgi, assinalou que cinco navios com mais de 9.000 militares estão atuando na operação Mare Nostrum (nosso mar, referência em latim ao Mediterrâneo), lançada em 18 de outubro, depois da dupla tragédia no litoral da ilha de Lampedusa, sul da Itália, em que morreram 400 imigrantes.

"A operação nos custa em torno de 12 milhões de dólares mensais. Cancelamos os exercícios militares para compensar os gastos", afirmou De Girogi.



[SAIBAMAIS]Na véspera, o governo italiano voltou a pedir ajuda urgente a Europa, depois de ter resgatado quase 4.000 imigrantes em 48 horas.

"Os desembarques não param e a urgência é cada vez mais flagrante: dois navios mercantes estão socorrendo dois barcos com 300 e 361 pessoas a bordo. Parece que há pelo menos um cadáver", disse o ministro do Interior italiano, Angelino Alfano.

De acordo com Alfano, entre 300.000 e 600.000 imigrantes estariam dispostos a embarcar de Líbia para a Europa.

"A Europa deve assumir a situação. Não pode dizer que entregando 80 milhões de euros a Frontex (a agência de vigilância das fronteiras europeias) o problema está resolvido".

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