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Venezuela: Nicolás Maduro pede à oposição que condene violência

O presidente condenou o fato de que alguns venezuelanos recorram às guarimbas (barricadas) como forma de protesto

postado em 11/04/2014 08:26
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, pediu hoje (11) à oposição que condene a violência como uma forma de fazer política e que procure uma "visão conjunta" para solucionar a crise que afeta o país.

O presidente condenou o fato de que alguns venezuelanos recorram às guarimbas (barricadas) como forma de protesto

"Convido-os, dentro do debate que vamos realizar, a que façamos uma condenação conjunta à violência como forma de fazer política, como método político. À violência em todas as suas formas. À violência como forma e estratégia política para mudar o governo, que procuremos uma visão conjunta, vocês com a sua visão política e nós com a nossa", disse.

O apelo de Maduro foi feito no início da primeira reunião oficial de diálogo entre o governo venezuelano e a oposição, no palácio presidencial de Miraflores, e que tem como "facilitadores" o Vaticano, o Brasil, o Equador e a Colômbia.

[SAIBAMAIS]

"Há que fazer um apelo ao respeito pela Constituição. Condenar a violência é vital, é necessário. É muito importante procurar o caminho do reconhecimento e não dos atalhos", frisou Nicolás Maduro. Ele lembrou que foi "complexo" o caminho para chegar a um entendimento sobre o diálogo.

O presidente condenou o fato de que alguns venezuelanos recorram às guarimbas (barricadas) como forma de protesto, acrescentando que as comunidades onde são montadas barricadas têm sido prejudicadas.

"Uma coisa é o protesto e para protestar há plena liberdade. Se a Mesa de Unidade Democrática [coligação da oposição] e as suas organizações ou líderes sociais querem protestar todos os dias, de todos os anos que estão para vir, podem fazê-lo", disse.

Por outro lado, convidou a oposição "a integrar a Conferência de Paz com uma participação, personalidade, programa e ideologia própria".

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Há dois meses são registrados diariamente protestos em várias regiões da Venezuela, que já deixaram 42 mortos, mais de 600 feridos, além de danos materiais e mais de 80 denúncias por violações de direitos humanos.

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