postado em 15/04/2014 06:00
Separatistas pró-russos ampliaram a ocupação de prédios públicos em cidades do leste da Ucrânia e desafiaram o ultimato do governo de Kiev, que dera prazo até a manhã de ontem para a retirada pacífica dos manifestantes. Diante da ameaça de uma ofensiva das forças de segurança ucranianas, os militantes pró-Moscou renovaram o pedido de ajuda ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, que mantém 40 mil militares em prontidão na fronteira. O presidente interino da Ucrânia, Olexander Turchinov, anunciou uma ;operação antiterrorista; na região e pediu às Nações Unidas que enviem uma força internacional para observar o processo. A escalada na tensão entre Moscou e Kiev motivou mais um telefonema entre Putin e o colega norte-americano, Barack Obama. Na conversa, segundo o Kremlin, o presidente russo refutou mais uma vez a acusação de que agentes russos estariam por trás da crise.
A ação dos separatistas, iniciada em Donetsk, Lugansk e Kharkiv, já dura mais de uma semana e, de acordo com a agência de notícias Reuters, o movimento se alastrou por cerca de 10 cidades. Ignorando o ultimato de Kiev, centenas de manifestantes pró-russos atacaram e tomaram ontem as sedes da polícia e da prefeitura de Horlivka, na província de Donetsk. Ativistas também tomaram o quartel-general da polícia na cidade, onde emissoras registraram o atendimento de feridos por ambulâncias. Em Slaviansk, os separatistas que controlam prédios da polícia e dos serviços de segurança emitiram um chamado para que Putin os ajude a defender-se, para evitar ;o genocídio do povo de Donbass;, como é conhecida a região.
O presidente russo, que semanas antes prometera proteger a população de origem russa na Ucrânia, voltou a expressar ;preocupação; durante a conversa com Obama. Segundo o Kremlin, ele pediu ao presidente americano que ;faça todo o possível impedir o uso da força e um banho de sangue;. O líder russo classificou como ;infundadas; as acusações de que Moscou teria provocado a crise no leste ucraniano para repetir o cenário que resultou, no mês passado, na anexação à Rússia da península ucraniana da Crimeia. Putin reiterou o apelo por negociações que incluam ;todas as principais forças políticas e as regiões; da Ucrânia, a fim de estabelecer uma estrutura federal no país.
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