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Ucrânia, Rússia e Ocidente chegam a acordo para tentar solucionar crise

A reunião de Genebra foi cercada de suspense diplomático pelas declarações do presidente Vladimir Putin, que disse estar disposto a utilizar a força se necessário

Agência France-Presse
postado em 17/04/2014 19:06
Rússia, Ucrânia, Estados Unidos e União Europeia (UE) chegaram nesta quinta-feira a um acordo que pode ser um primeiro passo no sentido de uma solução para a crise ucraniana.

O acordo deve ser implementado em etapas, a começar pelo desarmamento de grupos ilegais.

O pacto representa uma luz de esperança para uma situação tensa nos últimos dias no leste da Ucrânia, onde grupos não identificados invadiram prédios públicos, o Exército de Kiev apresenta indícios de caos e alguns incidentes causaram mortes.

"Todos os grupos ilegais devem ser desarmados, todos os prédios invadidos ilegalmente devem ser devolvidos aos seus proprietários legítimos, todas as ruas, praças e locais públicos devem ser liberados", indica o documento, assinado pelos chefes das diplomacias russa, ucraniana, americana e da União Europeia.

[SAIBAMAIS]O acordo ressalta também o início de um processo constitucional na Ucrânia que será "transparente" e com base em "um amplo diálogo nacional para incluir todas as regiões ucranianas e todas as instituições políticas".

Uma missão da OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa) ajudará as autoridades de Kiev nesse aspecto.

A reunião de Genebra foi cercada de suspense diplomático pelas declarações do presidente Vladimir Putin, que disse estar disposto a utilizar a força se necessário durante uma sessão de perguntas e respostas com cidadãos russos transmitida para todo o país pela televisão.



Putin lembrou no programa que o parlamento russo tinha dado a ele poderes para intervir no país vizinho. "Espero realmente não me ver obrigado a usar este direito", disse.

A Rússia "não tem desejo" de enviar tropas para o leste da Ucrânia, onde há uma grande população de língua russa, afirmou depois em Genebra o chanceler russo, Serguei Lavrov.

O acordo pede que todas as partes evitem provocações, após as cenas de crescente violência na região.

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