postado em 20/04/2014 07:00
A mais de dois anos das eleições presidenciais, os norte-americanos começam a sondar quais poderão ser os postulantes à sucessão de Barack Obama na Casa Branca, em novembro de 2016. Embora o Partido Democrata esteja com as atenções voltadas para a campanha às eleições legislativas de novembro, o nome da ex-primeira-dama Hillary Clinton já ganha destaque. Embora não tenha confirmado os planos de concorrer à presidência, a secretária de Estado do primeiro mandato de Obama ensaia a candidatura em meio aos esforços para o que partido conquiste o maior número possível de cadeiras no Congresso.
A mulher de Bill Clinton é considerada uma escolha natural dos democratas para a sucessão e foi apontada como favorita para vencer as primárias do partido, segundo pesquisa publicada no fim de janeiro pelo jornal The Washington Post em parceria com a rede de televisão ABC News. A sondagem indicou que ela venceria a disputa interna com 73% dos votos. O cenário que Obama deixará no fim de seus oito anos de mandato, porém, pode dificultar os planos da democrata para retornar à Casa Branca, agora como protagonista.
Hillary, que foi também senadora por Nova York entre 2001 e 2009, tem feito discursos por todo o país, enquanto o marido, que governou o país de 1993 a 2001, marca presença ao lado de democratas que concorrem a vagas no Congresso. Sondada sobre seus planos políticos, no início do mês, a quase candidata respondeu que tem pensado sobre 2016, mas ressalvou que não pretende tomar uma decisão ;por algum tempo;. Mesmo sem a confirmação, algumas instituições independentes, cujos nomes fazem menção à ex-secretária de Estado, começaram a arrecadar fundos em seu nome. A organização Ready for Hillary (Prontos para Hillary, em livre tradução) arrecadou US$ 1,7 milhão nos primeiros quatro meses de 2014. A soma é apenas um indício de como os comitês de campanha devem agir nos próximos anos, depois que a Suprema Corte derrubou parte de uma lei que limitava as doações individuais a campanhas eleitorais.
O apoio da família Clinton a alguns candidatos ao Congresso e a constante presença do nome de Hillary entre os cartazes de militantes democratas fortalecem os argumentos de que o terreno para a candidatura presidencial está sendo preparado. Lara Brown, especialista em cenários eleitorais da Universidade George Washington, observa que o momento é propício à construção de suporte político, dando apoio a candidatos que possam retribuir o gesto em 2016. ;Não há dúvidas de que ela está considerando se candidatar. As pessoas que a apoiam e muitos membros do Partido Democrata querem que ela concorra e estão trabalhando muito duro para que ela tenha a estrutura necessária, caso decida entrar na disputa.;
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.