Agência France-Presse
postado em 21/04/2014 14:45
Adem - Uma série de ataques realizados no domingo contra campos de treinamento da Al-Qaeda no sul do Iêmen matou 68 membros da rede extremista, além de três civis, anunciou nesta segunda-feira o ministério da Defesa em seu site.Os ataques foram realizados como parte de uma grande operação conjunta, iniciada no sábado, entre os Estados Unidos e as autoridades iemenitas. O ministério do Interior indicou que o principal ataque, dirigido contra um campo de treinamento da organização terrorista na província de Abyan, matou 55 pessoas no domingo.
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No sábado, uma operação com drones em Baída, na região central, deixou 10 mortos, e outro ataque no domingo, também com drones, matou 3 pessoas na província de Chabwa.
[SAIBAMAIS]"Esta operação sem precedentes foi realizada após informações de que a Al-Qaeda preparava ataques contra instalações vitais - militares e da segurança - e contra interesses estrangeiros no Iêmen", declarou um alto funcionário do país à AFP.
Três civis que passavam de carro pela região morreram no ataque em Baída. Os aviões sem piloto foram muito utilizados no ano passado no conflito contra a Al-Qaeda, atingindo terroristas e civis.
"Nos vemos obrigados a recorrer aos drones para limitar as atividades da Al-Qaeda e os movimentos de seus membros", afirmou, em março, o presidente Abd Rabo Mansur Hadi.
Apesar de ter reconhecido "erros limitados" no uso dessa tecnologia, Hadi ressaltou que a situação era pior com o emprego da aviação convencional iemenita.
Ativistas de Direitos Humanos já denunciaram diversas vezes as vítimas civis causadas por esse tipo de ataque. Mesmo recebendo repetidos golpes, o braço da Al-Qaeda no Iêmen é o mais perigoso e ativo, segundo os EUA.
Em um vídeo recente, o chefe da organização na Península Arábica, Naser al Wahichi, declarou que a "guerra contra os cruzados deve seguir em todo o mundo", em alusão aos países ocidentais que combatem a rede terrorista.
A Al-Qaeda aproveitou a debilidade do poder central registrada desde 2011 - em razão dos protestos contra o ex-presidente Alí Abdullah Saleh - para reforçar sua influência no sul e no leste do país.