[SAIBAMAIS]Em uma conversa por telefone com seu colega russo, Sergei Lavrov, Kerry "pediu à Rússia medidas concretas para ajudar a implementação do acordo de Genebra, chamando publicamente os separatistas a deixar" os edifícios públicos ocupados ilegalmente, afirmou Jennifer Psaki, porta-voz do Departamento de Estado.
Por sua vez, o chanceler russo Sergei Lavrov pediu aos Estados Unidos para trabalhar para convencer as autoridades ucranianas a cumprir os compromissos assumidos em Genebra, a fim de acabar com a escalada da crise no país.
Lavrov "pediu ao secretário de Estado para agir em Kiev para que os exaltados não provoquem um conflito sangrento e encorajar a liderança ucraniana a cumprir estritamente as suas obrigações", indicou o ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.
Segundo Psaki, "o governo ucraniano implementa uma ampla lei de anistia para os separatistas que abandonem as armas e o prédios" ocupados de forma ilegal, e Kiev enviou representantes da missão da OSCE e declarou uma trégua de Páscoa em suas operações.
Kerry "pediu que a Rússia que mostre o mesmo nível de compromisso" na aplicação do acordo de Genebra, "tanto na retórica como nas ações". Rússia e Estados Unidos se acusam mutuamente de ingerência e de falta de vontade para aplicar o acordo de Genebra, firmando na quinta-feira passada.
Sobre o tiroteio ocorrido na manhã de domingo na região de Slaviansk - bastião dos separatistas no leste da Ucrânia - que deixou quatro mortos, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney "conclamou os grupos paramilitares do leste e do sul da Ucrânia a abandonar as armas e os prédios ocupados".
Segundo Carney, Washington "segue pedindo à Rússia que utilize sua influência sobre estes grupos para incitá-los ao desarmamento e à devolução dos prédios ocupados". O governo americano disse nesta segunda-feira que não podia "confirmar de maneira independente a responsabilidade" do ataque de domingo em Slaviansk.
Apesar de não insistir em uma data limite para a aplicação do acordo de Genebra, Carney advertiu que será preciso fazê-lo em questão de dias. "Se não observarmos progressos, imporemos nos próximos dias custos adicionais".