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Síria entrega mais de 80% do arsenal químico, segundo a Opaq

A previsão é que o arsenal completo será destruído em 30 de junho

Agência France-Presse
postado em 22/04/2014 16:40
A Síria entregou 86% de suas armas químicas, anunciou nesta terça-feira (22/4) a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq). Ainda assim, suspeita-se que o regime de Damasco tenha utilizado produtos químicos industriais durante um ataque no início do mês de abril.

O registro foi divulgado a poucos dias da data limite para que a Síria entregue todas as suas armas químicas, no próximo 27 de abril. O arsenal completo será destruído em 30 de junho.

Um novo carregamento de armas foi entregue nesta terça-feira no porto de Latakia, aumentando para "86,5% o total da quantidade de armas químicas retiradas da Síria", segundo comunicado da OPAQ.

[SAIBAMAIS]"O carregamento de hoje foi o de número 17, e o sexto desde o último 4 de abril, representando um aceleramento significativo do ritmo de entregas no porto de Latakia ao longo do mês", explicou a organização sediada em Haia.

Desde que foram entregues, as armas químicas foram "imediatamente" colocadas em cargueiros e "retiradas do país". "O último lote enviado nos deu esperanças", declarou o diretor-geral da Opaq, Ahmet Uzumcu.

"Esperamos que os carregamentos que faltam sejam entregues o quanto antes para que as operações de destruição comecem respeitando a data-limite", acrescentou.



O acordo sobre a destruição das armas químicas sírias foi alcançado no ano passado, graças à mediação dos Estados Unidos e da Rússia após ataques com esse tipo de armamento em agosto de 2013 que deixaram centenas de mortos. Os ocidentais atribuem a responsabilidade pelo ataque ao regime de Bashar al-Assad.

Novas suspeitas de que Damasco teria recorrido a ataques com cloro numa região dominada pela oposição surgiram recentemente. Governo e oposição trocam acusações sobre a autoria de um ataque praticado no início do mês na província central de Hama.

A acusações acontecem no momento em que a Síria prevê a realização de eleições presidenciais no dia 3 de junho. A votação, que deve culminar na reeleição de Assad, é consierada uma farsa pelas Nações Unidas e pela oposição.

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