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Estados Unidos e Irã levam caso de nomeação de embaixador para ONU

Até hoje, os EUA nunca negaram visto a um embaixador na ONU, embora o Irã já tenha tido de retirar seu candidato em 1990

Agência France-Presse
postado em 23/04/2014 08:41
Nações Unidas - Irã e Estados Unidos levaram para a ONU a controvérsia sobre a nomeação do embaixador escolhido por Teerã para essa organização, mas o bloqueio continua mantido.

Na última sexta-feira, o presidente Barack Obama promulgou uma lei que proíbe a entrada em território americano do candidato iraniano para a ONU. Hamid Abutalebi é acusado de ter participado da tomada de reféns durante a ocupação da embaixada americana em Teerã, em 1979.

O Irã, que na semana passada chegou a anunciar que se negava a escolher outro representante para a ONU depois que Washington se recusou a conceder um visto para Abutalebi, pediu a intervenção do organismo internacional no caso.

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Um comitê de relações com o país anfitrião, os Estados Unidos, realizou uma sessão especial, mas não tomou qualquer resolução a respeito.

A princípio, os Estados Unidos são obrigados a conceder vistos aos diplomatas que trabalham na Organização das Nações Unidas, que tem sua base em Nova York. O Departamento de Estado americano sempre se reservou o direito, porém, de contemplar "exceções" em "determinadas circunstâncias".

Até hoje, os EUA nunca negaram visto a um embaixador na ONU, embora o Irã já tenha tido de retirar seu candidato em 1990.

Abutalebi já ocupou cargos nas representações do Irã na Austrália, na Itália e na Bélgica, e é considerado ligado aos setores reformistas de seu país e ao presidente Rohani. Segundo o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, é um dos diplomatas mais "experientes e racionais" do país.

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O diplomata negou reiteradamente sua participação na tomada de reféns em novembro de 1979, quando estudantes que haviam derrubado o Xá, favorável às potências ocidentais, ocuparam a embaixada dos EUA.

Ele alega que atuava como tradutor quando os estudantes, pouco depois da invasão à embaixada, libertaram 13 mulheres e afro-americanos. Os outros 52 reféns permaneceram retidos por 444 dias.

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