Agência France-Presse
postado em 25/04/2014 10:22
Uma cidadã francesa chamada Aida Alic não pôde embarcar em um voo em direção aos Estados Unidos porque foi colocada na lista negra devido à semelhança de seu nome com a organização Al-Qaeda, contou a interessada à AFP.A mulher, de 33 anos e que vive no leste da França, deveria ter embarcado na quarta-feira em Genebra em um voo da companhia Swiss com destino a Nova York, junto com o marido e os filhos, para uma estadia turística de dez dias na cidade americana.
Mas no aeroporto de Genebra "me disseram que haviam recebido um chamado da imigração americana afirmando que eu estava na lista negra e que não podia embarcar no avião", contou Aida Alic.
A mulher, francesa de origem bósnia, não recebeu nenhuma outra explicação e apenas ao consultar o site da administração americana deduziu que a proibição se deve ao seu nome.
"Meu nome (Alic Aida) pode se assemelhar ao de um grupo terrorista. Já aconteceu de dizerem para eu parar de brincadeira", disse, acrescentando que "é a explicação que parece mais provável".
Contactada pela AFP, a companhia Swiss explicou que é obrigada a "respeitar os pedidos de proibição de entrada aos territórios de outros países".
"Neste caso, se a administração americana proíbe a entrada de um cidadão, seja ele suíço, francês ou de qualquer outra nacionalidade, é nosso dever impedir que a pessoa suba a bordo", declarou o porta-voz da companhia, informando que a empresa nunca é informada dos motivos da proibição.
Já a embaixada dos Estados Unidos em Berna, contactada pela AFP para comentar o caso, não havia respondido na manhã desta sexta-feira ao pedido de explicações.
Aida Alic perdeu os 2.700 pagos pela passagem, já que seu caso, disse, não é coberto pelos seguros de cancelamento. Acrescentou ainda que pretende escrever aos governos francês e americano para pedir explicações sobre esta situação, que não entende e que lhe parece injusta.