Agência France-Presse
postado em 26/04/2014 09:19
Seul - A Coreia do Norte é um "Estado pária" e fraco, cuja fronteira fortemente militarizada com o Sul "marca o limite da liberdade", declarou neste sábado (26/4) o presidente americano, Barack Obama, durante um discurso para as tropas americanas na Coreia do Sul.
O que define a diferença entre os dois países é uma fratura entre a "democracia que cresce e um Estado pária que esfomeará seu povo, em vez de nutrir suas esperanças e sonhos", disse Obama em sua visita a Seul.
Segundo o presidente, o prosseguimento do programa nuclear da Coreia do Norte apenas levará "mais isolamento" ao país e Pyongyang não ganhará nada fazendo ameaças.
Referindo-se na sexta-feira, em seu primeiro dia de visita a Seul, a novas sanções contra a Coreia do Norte caso o país prossiga com seus testes nucleares, Obama já havia indicado que Pyongyang não ganhará nada lançando ameaças.
[SAIBAMAIS] Imagens obtidas por satélites mostram um aumento das atividades em Punggye-ri, onde o regime norte-coreano realiza seus testes nucleares, e que estariam vinculadas "provavelmente à preparação de uma nova detonação" atômica, revelou o instituto EUA-Coreia do Sul da Universidade John Hopkins na quinta-feira.
Nesta semana, Seul já havia apontado ter detectado neste mesmo local sinais de preparação para um teste nuclear, o que poderia ocorrer durante a visita que Obama está realizando atualmente, e em seu último dia.
Até agora, os especialistas estavam divididos entre os que especulavam que este teste poderia ocorrer durante a visita de Obama e os que acreditavam que se trata de uma simples ameaça de Pyongyang para inquietar o Sul e seus sócios.
- Kim alerta para ;conflito iminente; -
No Norte, seu líder máximo, Kim Jong-Un, advertiu aos seus soldados que se preparem para um "conflito iminente com os Estados Unidos", informaram neste sábado os meios de comunicação de Pyongyang depois da propagação da notícia do eventual quarto teste nuclear.
Em Seul, o presidente Obama advertiu Pyongyang sobre sanções mais duras se continuar com seus testes nucleares.
Kim, comandante supremo de um exército de 1,2 milhão de efetivos, visita com frequência as unidades militares para fornecer em terra orientação sobre as formas de fortalecer sua preparação.
Geralmente tece elogios e dá presentes aos seus soldados, como fuzis ou binóculos, que simbolizam seu Estado vigilante.
No entanto, depois de presenciar uma simulação de bombardeio por parte de uma sub-unidade de artilharia, na sexta-feira, repreendeu os soldados por seu laxismo, segundo sua Agência Central de Notícias Coreana (KCNA).
"Nosso querido comandante supremo Kim Jong-Un disse que, atualmente, nada é mais importante que a preparação para o combate em um conflito iminente com os Estados Unidos", informou a KCNA.
Além disso, coincidindo com a visita presidencial americana ao Sul, o Norte informou ter detido um cidadão americano.
- Americano detido em Pyongyang -
Na sexta-feira, em uma breve nota, a KCNA indicou que o americano, identificado como Miller Matthew Todd, de 24 anos, foi detido no dia 10 de abril "por seu comportamento impetuoso durante as formalidades de entrada" na Coreia do Norte.
A agência também informou que o americano permanece detido e que uma investigação foi aberta.
Este anúncio da detenção, ocorrida há mais de duas semanas, coincidiu com o início da visita de dois dias de Obama ao Sul.
Em Washington, a porta-voz do departamento de Estado, Jennifer Psaki, disse estar ciente da detenção de Miller, mas não forneceu mais detalhes.
"Estamos em contato com a embaixada da Suécia sobre este tema", declarou a porta-voz durante sua conversa diária com a imprensa.
Como a Coreia do Norte e os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas, a Suécia representa os interesses americanos.
Pyongyang tem em seu poder outro cidadão americano, Kenneth Bae, descrito por um tribunal norte-coreano como um ativista cristão evangélico.
Bae foi preso em novembro de 2012, acusado de tentativa de deposição do governo norte-coreano, e foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados.
Segundo a KCNA, Miller tinha em sua chegada um visto de turismo, mas o rasgou e gritou que pedirá asilo na Coreia do Norte e que chegou ao país "depois de tê-lo escolhido como refúgio".
O que define a diferença entre os dois países é uma fratura entre a "democracia que cresce e um Estado pária que esfomeará seu povo, em vez de nutrir suas esperanças e sonhos", disse Obama em sua visita a Seul.
Segundo o presidente, o prosseguimento do programa nuclear da Coreia do Norte apenas levará "mais isolamento" ao país e Pyongyang não ganhará nada fazendo ameaças.
Referindo-se na sexta-feira, em seu primeiro dia de visita a Seul, a novas sanções contra a Coreia do Norte caso o país prossiga com seus testes nucleares, Obama já havia indicado que Pyongyang não ganhará nada lançando ameaças.
[SAIBAMAIS] Imagens obtidas por satélites mostram um aumento das atividades em Punggye-ri, onde o regime norte-coreano realiza seus testes nucleares, e que estariam vinculadas "provavelmente à preparação de uma nova detonação" atômica, revelou o instituto EUA-Coreia do Sul da Universidade John Hopkins na quinta-feira.
Nesta semana, Seul já havia apontado ter detectado neste mesmo local sinais de preparação para um teste nuclear, o que poderia ocorrer durante a visita que Obama está realizando atualmente, e em seu último dia.
Até agora, os especialistas estavam divididos entre os que especulavam que este teste poderia ocorrer durante a visita de Obama e os que acreditavam que se trata de uma simples ameaça de Pyongyang para inquietar o Sul e seus sócios.
- Kim alerta para ;conflito iminente; -
No Norte, seu líder máximo, Kim Jong-Un, advertiu aos seus soldados que se preparem para um "conflito iminente com os Estados Unidos", informaram neste sábado os meios de comunicação de Pyongyang depois da propagação da notícia do eventual quarto teste nuclear.
Em Seul, o presidente Obama advertiu Pyongyang sobre sanções mais duras se continuar com seus testes nucleares.
Kim, comandante supremo de um exército de 1,2 milhão de efetivos, visita com frequência as unidades militares para fornecer em terra orientação sobre as formas de fortalecer sua preparação.
Geralmente tece elogios e dá presentes aos seus soldados, como fuzis ou binóculos, que simbolizam seu Estado vigilante.
No entanto, depois de presenciar uma simulação de bombardeio por parte de uma sub-unidade de artilharia, na sexta-feira, repreendeu os soldados por seu laxismo, segundo sua Agência Central de Notícias Coreana (KCNA).
"Nosso querido comandante supremo Kim Jong-Un disse que, atualmente, nada é mais importante que a preparação para o combate em um conflito iminente com os Estados Unidos", informou a KCNA.
Além disso, coincidindo com a visita presidencial americana ao Sul, o Norte informou ter detido um cidadão americano.
- Americano detido em Pyongyang -
Na sexta-feira, em uma breve nota, a KCNA indicou que o americano, identificado como Miller Matthew Todd, de 24 anos, foi detido no dia 10 de abril "por seu comportamento impetuoso durante as formalidades de entrada" na Coreia do Norte.
A agência também informou que o americano permanece detido e que uma investigação foi aberta.
Este anúncio da detenção, ocorrida há mais de duas semanas, coincidiu com o início da visita de dois dias de Obama ao Sul.
Em Washington, a porta-voz do departamento de Estado, Jennifer Psaki, disse estar ciente da detenção de Miller, mas não forneceu mais detalhes.
"Estamos em contato com a embaixada da Suécia sobre este tema", declarou a porta-voz durante sua conversa diária com a imprensa.
Como a Coreia do Norte e os Estados Unidos não mantêm relações diplomáticas, a Suécia representa os interesses americanos.
Pyongyang tem em seu poder outro cidadão americano, Kenneth Bae, descrito por um tribunal norte-coreano como um ativista cristão evangélico.
Bae foi preso em novembro de 2012, acusado de tentativa de deposição do governo norte-coreano, e foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados.
Segundo a KCNA, Miller tinha em sua chegada um visto de turismo, mas o rasgou e gritou que pedirá asilo na Coreia do Norte e que chegou ao país "depois de tê-lo escolhido como refúgio".