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Com praça fechada e fiéis em vigília, Vaticano aguarda a missa histórica

Peregrinos tomam conta dos arredores da área onde será celebrada a solenidade que tornará João Paulo II e João XXIII santos

Enviado Especial
postado em 26/04/2014 18:01
Cidade do Vaticano - ;O domingo dos quatro papas;, como os fiéis titularam o dia das canonizações de João Paulo II e João XXIII, vai se aproximando e grande é a expectativa pela presença de dois papas santos e dois papas vivos. O frio e a chuva que cai desde a tarde no Vaticano não tira a empolgação e a alegria das milhares de pessoas que estão acampadas, muitas delas há vários dias, nos arredores da Praça de São Pedro. O local foi fechado por volta das 17h (horário local) e só será reaberto às 5h deste domingo, cinco horas antes do início da missa.

Peregrinos acampados: chuva e frio não desanimam

Como era previsto, nenhum peregrino deve dormir em Roma esta madrugada. As ruas estão lotadas e grupos acampam no meio da rua. Tentando esquecer o frio, os fiéis usam agasalhos, se apóiam uns nos outros e aproveitam o tempo para cantar e fazer orações.



[SAIBAMAIS]Centenas de milhares de pessoas, 24 chefes de Estado e de governo, além de seis mil sacerdotes do mundo inteiro comparecerão à cerimônia solene. Representantes de todas as religiões, entre elas uma importante delegação judaica, estarão presentes. No entanto, nenhuma autoridade política brasileira estará presente.

Bandeiras da Polônia, Argentina, Brasil, entre outras, circulam entre a multidão, enquanto dois cartazes gigantes com as imagens dos futuros santos já foram instalados na fachada da Basílica de São Pedro. Na Basílica de São João de Latrão se reza por João XXIII, o "papa bom", que é festejado por centenas de italianos que chegaram de Bergamo, sua região de nascimento. Na Igreja de Santiago e Monserrat, não muito longe de São Pedro, se reúnem os centro-americanos, muitos deles costarriquenhos que acompanham Floribeth Mora, a mulher do milagre de João Paulo II.

;Não é um marketing do papa;

O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) Dom Raymundo Damasceno negou, na manhã deste sábado (26/4), , que a Igreja Católica e o papa Francisco tenham agido de forma política ao decidir canonizar juntos João XXIII e João Paulo II, dois papas que foram populares entre o povo. "Não é um marketing do papa Francisco. Os dois eram beatos e estavam em processo para chegar a canonização. Vejo a realização de uma expectativa e de um desejo de todo mundo. Veio em um momento oportuno e adequado. Não se podia canonizar um, sem que o outro fosse canonizado", explica.

Praça  só deve ser reaberta cinco horas antes do início da missa

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Freiras latinas fazem preces e cantam

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