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Religiosos devem "dar atenção ao milagre", diz Testemunha de milagre

Floribeth foi submetida a vários exames, incluindo ressonâncias, que atestaram o desaparecimento do aneurisma, um milagre para ela

postado em 27/04/2014 12:26
Floribeth Mora: entusiasmo por FranciscoFloribeth Mora, costarriquenha de 50 anos que alega ter sido curada de um aneurisma cerebral por intecessão de João Paulo II, chegou a Roma dias antes de o pontífice polonês ser decretado santo. O desaparecimento da doença foi aceito pela Cúria Romana como o segundo milagre atribuído ao pontífice polonês e tornou-se uma das principais razões levadas em conta para a canonização. Com o marido, Edwin Solano, e dois dos quatro filhos, Edwin e Keiner, ela aguardava ansiosa a cerimônia.

A religiosa participou de uma missa, nessa última quinta-feira, na igreja de São Estanislau. Ao entrar no templo, ela chamou a atenção de mais de 400 pessoas, vestida de negro e com um véu que escondia o rosto. A costarriquenha, que também foi convidada para visitar a Polônia, acredita que os religiosos devem ;dar atenção ao milagre, e não à mulher; que foi beneficiada. ;Eu estou aqui porque Deus decidiu escrever uma história através da minha vida;, declarou à agência de notícias France-Presse.

O primeiro milagre de Karol Wojtyla foi a cura da freira francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de Parkinson, em junho de 2005. Os sintomas da doença, da qual o próprio João Paulo II sofria, desapareceram da noite para o dia, segundo a testemunha. Ela relacionou o feito às orações que dirigiu ao pontífice pedindo a cura.



O caso da fiel francesa fez com que o religioso polonês fosse beatificado, em 1; de maio de 2011. Na mesma data, quando o evento era transmitido pela televisão, a costarriquenha acredita ter sido curada. ;Eu ouvi uma voz no meu quarto, que me dizia: ;Levanta-te;. Eu não podia acreditar, só conseguia dizer para mim mesma: ;Meu Deus, estou sozinha no quarto;;, relembra Mora. ;Eu ouvi mais uma vez a voz me dizer: ;Levanta-te, não tenha medo;;, prossegue o relato. A costarriquenha conta que, nesse exato momento, seus olhos se voltaram para um jornal onde havia uma foto do papa polonês. ;Um jornal que não significaria nada para muitos. Mas, para mim, foi diferente, porque vi as mãos de João Paulo II estendidas em minha direção, saindo da foto.;

[SAIBAMAIS]A certificação do segundo feito demorou meses. Nesse período, Floribeth foi submetida a vários exames, incluindo ressonâncias, que atestaram o desaparecimento do aneurisma, sem nenhuma explicação médica. Ela tinha sido hospitalizada na Policlínica Gemelli, em Roma, a mesma onde são tratados políticos italianos e até papas. ;O processo foi longo e difícil. Fui examinada por muitos neurologistas, até que confirmaram que o meu cérebro não tinha sofrido qualquer dano, que as minhas artérias cerebrais estavam livres de coágulos e que nenhuma sequela fora detectada.;

Floribeth aguardava com alegria a santificação de João Paulo II, ao mesmo tempo em que alimentava a esperança de conhecer de perto o novo líder da Igreja Católica. ;Esse homem caminha para a santidade;, aposta.

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