Agência France-Presse
postado em 27/04/2014 18:07
Bangui - Pelo menos 1.300 muçulmanos que se escondiam na periferia de Bangui, agredidos com frequência por milícias pró-cristãs, deixaram a capital neste domingo em um comboio humanitário rumo ao norte da República Centro-Africana.
Pouco depois de sua partida, centenas de jovens, que aguardavam a poucos metros, chegaram ao local onde os muçulmanos viviam - o PK-12, um gueto insalubre na saída de Bangui - para saquear a zona, observou uma equipe da AFP no terreno.
Pelo menos 18 caminhões semirreboque se puseram em marcha, ao meio-dia (hora local), escoltados por um dispositivo militar da "Misca", a força de interposição africana.
Os 1.300 deslocados estavam há cinco meses encurralados nessa estreita passagem na estrada que leva ao norte do país. Desde então, vinham sendo regularmente atacados pelos antibalaka, grupos de jovens cristãos.
O sul da República Centro-Africana ficou praticamente esvaziado de população muçulmana, que fugiu devido às atrocidades cometidas pelas milícias antibalaka.
Esses grupos de jovens cristãos dizem querer vingar seus correligionários, majoritários no país, dos desmandos cometidos pelos ex-rebeldes Seleka. No poder de março de 2013 a janeiro de 2014, os Seleka são muçulmanos em sua maioria.
Pouco depois de sua partida, centenas de jovens, que aguardavam a poucos metros, chegaram ao local onde os muçulmanos viviam - o PK-12, um gueto insalubre na saída de Bangui - para saquear a zona, observou uma equipe da AFP no terreno.
Pelo menos 18 caminhões semirreboque se puseram em marcha, ao meio-dia (hora local), escoltados por um dispositivo militar da "Misca", a força de interposição africana.
Os 1.300 deslocados estavam há cinco meses encurralados nessa estreita passagem na estrada que leva ao norte do país. Desde então, vinham sendo regularmente atacados pelos antibalaka, grupos de jovens cristãos.
O sul da República Centro-Africana ficou praticamente esvaziado de população muçulmana, que fugiu devido às atrocidades cometidas pelas milícias antibalaka.
Esses grupos de jovens cristãos dizem querer vingar seus correligionários, majoritários no país, dos desmandos cometidos pelos ex-rebeldes Seleka. No poder de março de 2013 a janeiro de 2014, os Seleka são muçulmanos em sua maioria.