Agência France-Presse
postado em 29/04/2014 16:40
-
cmd.push(function(){
slotdfp['cb-publicidade-dhtml-1x1'] = googletag.defineOutOfPageSlot('/6887/portal-correioweb/correiobraziliense-com-br/acervo/interna','cb-publicidade-dhtml-1x1').setTargeting('formato',['dhtml-1x1']).setTargeting('pos',['0']).addService(googletag.pubads());
slotdfp['publicidade-anchorads-1'] = googletag.defineSlot('/6887/portal-correioweb/correiobraziliense-com-br/acervo/interna',[[300,50],[320,50]],'publicidade-anchorads-1').
setTargeting('pos',[(++indexformats).toString()]).
setTargeting('identificador','publicidade-anchorads-1').
defineSizeMapping(googletag.sizeMapping().
addSize([748,0],[728,90]).build()).
addService(googletag.pubads());
(function(e){try{var c=JSON.parse(function(a){a+="=";for(var c=document.cookie.split(";"),d=0;dMundo
Premiada indígena peruana que evitou construção de represas na Amazônia
Em 2010, Lima e Brasília assinaram um convênio para a construção de 15 represas no Peru. Ruth Buendía Mestoquiari impediu que duas hidrelétricas fossem contruídas
Agência France-Pressepostado em 29/04/2014 16:40Ruth Buendía Mestoquiari, líder da tribo ashaninka, foi premiada em San Francisco (Califórnia, oeste), por evitar em 2010 a construção de duas hidrelétricas na Amazônia peruana - uma delas a cargo da Odebrecht - que teriam provocado o deslocamento de milhares de indígenas. "A coragem foi o que me levou a fazer tudo isto", afirmou Buendía ao receber, na segunda-feira (28/4), o prêmio concedido pela organização ambiental americana Goldman.
Em 2010, Lima e Brasília assinaram um convênio para a construção de 15 represas no Peru, algumas delas no rio Ene - que, junto com outros afluentes, dá origem ao Amazonas - para, posteriormente, enviar a energia ao território brasileiro.
Buendía, que na ocasião já presidia a organização CARE (Central Ashaninka do Rio Ene), denunciou que seu país havia aprovado os acordos violando um tratado da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que obriga os governos a consultarem comunidades indígenas para a construção de instalações em seu território.
A líder indígena, de 37 anos, conseguiu unir seu povo contra as hidrelétricas, usando entre outros meios, a exibição de simulações digitais, que mostravam a eventual catástrofe ambiental e o deslocamento de cerca de 1.500 famílias ashaninka que as represas teriam desencadeado.
No final deste ano, o governo peruano anunciou a suspensão do projeto Pakitzapango e, meses depois, a Oderbrecht abandonou o do Tambo 40, alegando a necessidade de respeitar as comunidades locais.
Os ashaninka - que vivem da agricultura, da pesca e da caça - sofreram deslocamentos forçados quando a guerrilha do Sendero Luminoso se instalou em suas terras. Milhares deles foram assassinados, como o pai de Buendía, enviada a Lima para escapar da violência.
Ela reivindicou a importância da educação para enfrentar "o narcotráfico, e a extração de petróleo e gás" que ameaçam seu território. A indígena peruana disse que investirá os 175.000 dólares do prêmio na educação de seus cinco filhos e no financiamento da organização que preside.
Junto com ela também foram premiados Desmond D;Sa, da África do Sul; Ramesh Agrawal, da Índia; Helen Holden, dos Estados Unidos; Suren Gazaryan, da Rússia; e Rudi Putra, da Indonésia.Tags
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação