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Espanha rejeita extradição de ex-policial franquista para Argentina

Apesar de reconhecer que as ações atribuídas a Pacheco constituem "tortura a detentos por um grupo determinado, isolado e concreto de funcionários policiais", o tribunal não concordou com a afirmação de que seriam crimes contra a humanidad

Agência France-Presse
postado em 30/04/2014 09:26
Madri - A justiça espanhola rejeitou nesta quarta-feira o pedido de extradição para a Argentina do ex-policial franquista Antonio González Pacheco, conhecido como ;Billy el Niño;, solicitado pelo país sul-americano por uma investigação sobre os crimes da ditadura espanhola.

O ex-inspetor de polícia Juan Antonio Gonzalez Pacheco, conhecido como

A Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, considerou que os "14 crimes de tortura cometidos entre fevereiro de 1971 e setembro de 1975", o motivo do pedido argentino, "estariam prescritos depois de 10 anos", segundo a legislação espanhola, informou uma fonte judicial.

[SAIBAMAIS]

Apesar de reconhecer que as ações atribuídas a Pacheco constituem "tortura a detentos por um grupo determinado, isolado e concreto de funcionários policiais", o tribunal não concordou com a afirmação de que seriam crimes contra a humanidade, "ao não constar que as torturas foram parte de um ataque sistemático e organizado de ataque a um grupo da população".

A extradição de Pacheco, 67 anos, foi solicitada pela juíza argentina María Servini de Cubría.

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A magistrada, alegando o princípio de justiça universal abriu em 2010 uma investigação por "crimes de genocídio e/ou contra a humanidade" durante o franquismo (1939-1975) e a guerra civil espanhola (1936-1939). Ela pediu a extradição por supostas torturas contra mais de 10 detentos nos anos 70.

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