Agência France-Presse
postado em 30/04/2014 11:52
Beirute - O Parlamento libanês não pôde se reunir nesta quarta-feira para eleger o presidente do Líbano, ao não alcançar o quórum necessário devido à rejeição dos deputados do partido xiita Hezbollah em comparecer à sessão, adiada agora para o dia 7 de maio."O presidente do Parlamento, Nabi Berri, fixou o dia 7 de maio como nova data para reunir o Parlamento diante da falta de quórum nesta quarta-feira", segundo a agência nacional de informação.
A falta de consenso é evidente entre os campos rivais. Diante de Samir Geagea, duro opositor ao regime sírio e ao Hezbollah, se apresenta Michel Aoun, apoiado pelo partido xiita, embora não de maneira oficial. Os dois homens são adversários desde a guerra civil do Líbano entre 1975 e 1990.
Em um país multiconfessional, onde a paridade é rígida entre cristãos e muçulmanos no Parlamento, o presidente do Líbano é tradicionalmente um cristão maronita, embora não tenha poder real.
O mandato do atual chefe de Estado, Michel Sleimane, expira no dia 25 de maio e o Parlamento tem até este dia para eleger seu sucessor. Em caso de ausência de acordo, o governo assumirá o poder executivo, um cenário que o Líbano conheceu em 1988 e em 2007.
A eleição do presidente quase sempre foi ditada pelas potências estrangeiras, em especial pela Síria, embora, segundo os especialistas, a falta de consenso entre libaneses e também entre seus sócios regionais, como Irã ou Arábia Saudita, levaria a um vazio presidencial.