Agência France-Presse
postado em 30/04/2014 18:58
O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, anunciou nesta quarta-feira em Santiago, no Chile, que a Rússia estudará medidas, se o Ocidente mantiver sanções a Moscou pela crise na Ucrânia.
"Não vamos fazer coisas estúpidas rapidamente. Queremos dar aos nossos sócios a oportunidade de se acalmar", disse Lavrov, em entrevista coletiva depois de se reunir com o chanceler do Chile, Heraldo Muñoz.
"Se suas ações continuarem, nesse caso, estudaremos a situação", acrescentou Lavrov, em russo, de acordo com a tradução simultânea. "A crise na Ucrânia não interessa tanto aos Estados Unidos, mas sim provar que as coisas devem funcionar como eles dizem", acrescentou.
[SAIBAMAIS]Estados Unidos e União Europeia anunciaram sanções contra políticos e militares russos, e tendo também como alvo lideranças separatistas da Ucrânia, diante da escalada de tensão diplomática considerada inédita desde o fim da Guerra Fria.
O ministro russo também fez um apelo pela libertação dos observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), mantidos em poder de militantes pró-Moscou na Ucrânia. Segundo Lavrov, eles seriam "os ;cabeças de turco; nessa situação".
"Não podemos tomar decisões por essas milícias populares", afirmou o chanceler, acrescentando que "é preciso levar em consideração as ameaças que essas milícias sofrem por parte de Kiev - de levar militares para essa cidade, de levar material bélico -, além das constantes ameaças por parte de ultranacionalistas".
Serguei Lavrov foi recebido nesta quarta de manhã pela presidente do Chile, Michelle Bachelet, no Palácio La Moneda, e se reuniu com o homólogo Heraldo Muñoz.
O ministro russo continua hoje à tarde sua viagem pela América Latina, que começou na terça-feira em Cuba e na Nicarágua e termina no Peru.