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Execução polêmica coloca a injeção letal novamente em discussão nos EUA

Agonia prolongada de um condenado à morte, em Oklahoma, reabre debate sobre a "Chumanidade" dos métodos de execução

postado em 01/05/2014 07:00
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A problemática execução Clayton Lockett, condenado à morte em 2000 pelo estupro e assassinato de uma jovem, no estado de Oklahoma, reacendeu nos Estados Unidos o debate sobre a pena capital e seus métodos. Depois de receber a injeção letal, na noite de terça-feira, Lockett agonizou por mais de 40 minutos, até que fosse declarado morto. A Casa Branca reconheceu que o procedimento envolvendo o prisioneiro não foi conduzido ;de forma humana;. A governadora de Oklahoma, Mary Fallin, solicitou uma investigação independente para apurar as falhas no episódio e ordenou a suspensão das demais execuções no estado pelo prazo de 14 dias.

O caso levantou questionamentos sobre as drogas utilizadas pelas autoridades e sobre a manutenção de métodos tidos como cruéis, que violariam a Constituição americana. A execução de Lockett foi realizada sob orientação de um protocolo de injeção letal inédito do estado. O procedimento incluía o uso de um sedativo, um anestésico e uma dose letal de cloreto de potássio, que pararia o coração do condenado. Minutos depois de receber os medicamentos, Lockett, que deveria estar inconsciente, apresentava agitação, movendo os ombros e as pernas.



Jerry Massie, porta-voz do sistema penitenciário de Oklahoma, informou à imprensa local que o detento emitiu grunhidos e pronunciou palavras incompreensíveis. O diretor de prisões ordenou a suspensão da execução ao constatar a falha no procedimento. Testemunhas relataram que as cortinas da sala onde Lockett estava foram fechadas. Segundo as autoridades, o detento morreu de crise cardíaca ;fulminante;, 43 minutos após o início da execução.

As falhas devem sustentar os argumentos de advogados de outros prisioneiros que estão no ;corredor da morte;. Eles alegam que o coquetel utilizado em Oklahoma e em outros estados pode causar sofrimento e violar o artigo da Constituição americana que proíbe punições cruéis e incomuns. ;O estado deve revelar todas as informações sobre os medicamentos, incluindo o grau de pureza, a eficácia, a origem e o resultado de todas as análises;, afirma a advogada Madeline Cohen. A defensora representa Charles Warner ; condenado à morte em 1997 pelo estupro e assassinato da filha de 11 meses de sua companheira ;, que seria executado horas depois de Lockett.

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