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Presidente chinês promete "ações decisivas" após novo ataque em Xinjiang

Xinjiang é a "linha de frente" do combate de Pequim contra o "terrorismo", declarou o presidente chinês

Agência France-Presse
postado em 01/05/2014 13:34
Pequim - O presidente chinês Xi Jinping prometeu tomar "ações decisivas" após um ataque que matou três pessoas e deixou dezenas de feridos na estação de trem de Xinjiang.

presidente chinês, Xi Jinping

O ataque ocorreu após o que a mídia local tem chamado de "visita de inspeção" do presidente Xi nesta grande região do oeste da China, de maioria muçulmana.

A batalha para combater a violência e o terrorismo não autoriza nenhuma covardia, e ações decisivas deverão ser tomadas para que possamos dar o exemplo a estes terroristas", reagiu Xi Jinping, citado pela agência de notícias Xinhua.

[SAIBAMAIS]

Segundo a agência, na noite de quarta-feira agressores esfaquearam e bateram em dezenas de usuários e detonaram artefatos explosivos na estação de trem de Urumqi, capital de Xinjiang.

Segundo a Xinhua, trata-se de um "ataque terrorista violento", ainda que nenhuma reivindicação tenha chegado às autoridades até o momento.

Ao longo de sua visita a Xinjiang, Xi Jinping pediu um reforço regional na luta contra o terrorismo. Ele também encorajou que medidas para facilitar a assimilação de minorias étnicas sejam tomadas.

Xinjiang é a "linha de frente" do combate de Pequim contra o "terrorismo", declarou o presidente chinês. Xi garantiu que o país colocaria em prática "uma política apropriada para melhorar a harmonia étnica e a prosperidade comum de todos os grupos étnicos".

A região de Xinjiang, constituída principalmente pela etnia do uigures, muçulmanos de língua turca, é o palco de violências denunciadas por Pequim como atos "terroristas" imputados por movimentos separatistas e islamistas.

Em março, 29 pessoas morreram e 143 ficaram feridas após um ataque com facas na estação de trem de Kunming, capital da província chinesa de Yunnan (sudoeste). O governo chinês atribui o ataque a separatistas de Xinjiang.

Quatro sobreviventes do grupo de assassinos, chamado pelas autoridades de "bando terrorista", foram considerados culpados e serão provavelmente condenados à pena de morte pela participação ao que muitos chamam de "11 de setembro" chinês.

A explosão foi registrada por volta das 19h (horário local), na estação de trens do sul de Urumqi, capital de Xinjiang, "em bagagens abandonadas entre a saída da estação e um ponto de ônibus".

Segundo o Jornal do Povo, que cita fontes próximas às investigações, duas pessoas assassinadas eram criminosos que iam detonar suas bombas. A terceira seria um passageiro.

O acesso à estação, a mais movimentada de Xinjiang, foi reaberto por volta das 21h (hora local), depois da retirada das pessoas presentes no momento da explosão, disse a Xinhua.

A televisão oficial divulgou nesta quinta-feira imagens do presidente Jinping durante sua visita a Xinjiang ao lado dos responsáveis pelas forças de segurança, moradores locais e estudantes.

"Os postos de polícia locais são nosso punhos e nossos punhais, por isso temos que realizar um bom trabalho e tomarmos conta de nossos policiais", disse Xi Jinping.

"Espero que vocês mostrem excelentes resultados em sua missão de serviço à população e de manutenção da estabilidade social", reforçou o presidente.

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Segundo Dilxat Raxit, porta-voz do Congresso Mundial Uigur, organização de defesa dos uigures com sede em Munique (Alemanha), quase 100 membros da comunidade foram presos após o ataque à estação de Urumqi, em março.

Raxit convidou o presidente chinês a visitar "o Turquistão oriental", nome usado pelos uigures para designar a região de Xinjiang, "para fazer propostas realmente construtivas para a melhora da situação".

Mas "o fato é que Pequim continua a encorajar a repressão armada aos uigures", disse o porta-voz da minoria em comunicado.

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