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Liberdade de imprensa atingiu nível mais baixo em 10 anos, diz organização

O relatório da Freedom House, que apresenta informes anuais desde 1980, indicou que o percentual da população mundial que gozava de uma imprensa 'livre' foi de 14% em 2013

Agência France-Presse
postado em 01/05/2014 21:19
Washington - A liberdade de imprensa atingiu o nível mais baixo em uma década, com destaque para a regressão em Egito, Turquia e Ucrânia, e para os esforços do governo americano em limitar as informações sobre a política nacional de segurança, indicou nesta quinta-feira (1;/5) a organização Freedom House.

O relatório da Freedom House, que apresenta informes anuais desde 1980, indicou que o percentual da população mundial que gozava de uma imprensa "livre" foi de 14% em 2013, ou apenas uma em sete pessoas.

Enquanto isso, 44% da população mundial vivia em áreas onde a imprensa não era livre e 42%, em lugares onde a imprensa era parcialmente livre, indicou o Relatório sobre a Liberdade de Imprensa 2014.

"A tendência mundial é, definitivamente, negativa," disse Karin Karlekar, responsável pelo relatório.



Karlekar disse que a liberdade de imprensa está sob ataque em muitas partes do mundo.

"Vemos um foco real em ;atacar o mensangeiro,;" disse ela em uma entrevista coletiva à imprensa, incluindo "o jornalistas estrangeiros sendo considerados alvo" em muitas regiões.

Os Estados Unidos continuam sendo considerados um país onde a imprensa é livre, mas perderam pontos no ranking.

O relatório citou um aumento do número de informações solicitadas negadas pelo governo americano e dos processos criminais contra jornalistas.

A Freedom House indicou que China e Rússia, duas nações em que não existe liberdade de imprensa, continuaram a manter um rígido controle sobre a mídia local, além de tentarem monitorar o acesso a blogs ou a fontes de notícias estrangeiras. Ambos os países introduziram medidas legais adicionais para punir os autores de informações on-line em 2013.

No Brasil, a imprensa é livre, de acordo com a organização, embora a Freedom House tenha ressaltado os ataques sofridos por jornalistas no ano passado.

Os mais bem avaliados foram Holanda, Noruega e Suécia. Na outra ponta, a pior é a Coreia do Norte, seguida do Turcomenistão e do Uzbequistão.

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