Agência France-Presse
postado em 06/05/2014 20:22
O governo venezuelano anunciou nesta terça-feira (6/5) um racionamento de água para os cinco bilhões de habitantes da área metropolitana de Caracas. O racionamento que pode durar pelo menos quatro meses é consequência de uma seca."Fizemos um plano especial de abastecimento (de água) que será divulgado para que nosso povo saiba os dias em que terá serviço contínuo, os que terá serviço noturno e os dias sem serviço", disse o ministro do Ambiente, Miguel Leonardo Rodríguez, em uma declaração a jornalistas.
O racionamento - que ainda não tem cronograma - soma-se à escassez de alimentos básicos, produtos de higiene, medicamentos e autopeças que sustentam a população e chegou este ano aos 29%, o que gera dificuldade para conseguir um em cada quatro bens e que submete os venezuelanos a horas de filas para conseguirem se abastecer.
O ministro Rodríguez explicou que, em virtude da seca que afeta a Venezuela, uma das três represas que abastecem Caracas ficou abaixo do limite mínimo e foi fechada.
O "plano especial de abastecimento" (denominação para o racionamento) se prolongará por pelo menos quatro meses. "Esperamos que termine no final de agosto ou meados de setembro", disse Ramírez submetendo a data de conclusão do plano à evolução da iminente estação de chuvas.
[SAIBAMAIS]Há dez dias, bairros de classes média e alta do leste de Caracas vêm sofrendo interrupções no abastecimento de água. As zonas populares, como a periferia de Petare, uma das maiores na América Latina, também têm sido afetadas pela escassez.
Os níveis de abastecimento de água na capital, inclusive com o sistema operando plenamente, são baixos, segundo os padrões internacionais, já que representam 340 litros diários por habitante, suficientes para o consumo residencial, mas que não são capazes de suportar a demanda comercial e industrial.