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Funcionários de redes de fast-food anunciam protestos em 30 países

"Trabalhadores de dezenas de países em seis continentes anunciaram que estão se unindo ao movimento crescente por melhores salários e direitos trabalhistas em restaurantes como McDonald's, Burger King, Wendy's e KFC", comunicaram os organizadores

Agência France-Presse
postado em 07/05/2014 19:56
Aviso colocado na frente de um recém-construído do restaurante fast food  In-N-Out anuncia para os trabalhadores salário de US $ 10,50 por hora, em Encinitas, Califórnia
Nova York - Funcionários de redes de fast-food reunidos em Nova York anunciaram nesta quarta-feira (5/7) greves em mais de 150 cidades dos Estados Unidos e protestos em 30 países na próxima semana, no marco de uma "globalização" da campanha por aumento salarial.

Bandeiras de Brasil, El Salvador, França, Coreia do Sul, Dinamarca e Alemanha, entre outras, foram abertas por cerca de 70 manifestantes de todo o mundo em frente a um restaurante da rede McDonald;s em Manhattan.

Reunidos esta semana pela primeira vez através da União Internacional de Trabalhadores de Alimentação, Agrícolas, Hotéis, Restaurantes, Tabaco e Afins (UITA), empregados de redes de fast-food de 30 países chegaram a um acordo em favor da realização de greve nos Estados Unidos e de protestos no resto do mundo no dia 15 de maio.



"Trabalhadores de dezenas de países em seis continentes anunciaram que estão se unindo ao movimento crescente por melhores salários e direitos trabalhistas em restaurantes como McDonald;s, Burger King, Wendy;s e KFC", comunicaram os organizadores.

Nos Estados Unidos, os trabalhadores pedem uma remuneração de 15 dólares por hora, mais do que o dobro do que é pago atualmente (7,25 dólares) por numerosas redes de fastfood.

"O povo está se unindo. É hora de mudanças", disse à AFP Elizabeth Rene, uma jovem de 24 anos que trabalha no McDonald;s onde foi realizado o protesto e que fará na próxima semana sua terceira greve nos últimos dois anos e meio.

O movimento teve início em Nova York no final de 2012 com cerca de 200 trabalhadores do setor e continuou em agosto e dezembro do ano passado, até alcançar mais de 100 cidades dos Estados Unidos.

"Enfrentamos os mesmos desafios, os mesmos problemas, os mesmos sofrimentos. Continuaremos até alcançar nosso objetivo", afirmou Massimo Fratini, coordenador da UITA, que agrupa 396 sindicatos em 126 países, com um total 12 milhões de trabalhadores.

No dia 15 de maio haverá protestos do Japão (30 manifestações no McDonald;s) ao Brasil (com mobilizações em cinco estados), passando por Marrocos (com protestos previstos em Casablanca e Rabat) e Itália (que terá greve em Veneza, Roma e Milão).

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