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Escritor israelense famoso chama extremistas judeus de neonazistas hebreus

Amos Oz afirmou que o termo "preço a pagar", usado para descrever ataques de extremistas judeus, era um eufemismo

Agência France-Presse
postado em 10/05/2014 12:53
Jerusalém - O mais famoso escritor israelense, Amos Oz, chamou os extremistas judeus autores de uma onda de atos racistas contra cristãos e muçulmanos de "neonazistas hebreus", informa o site do jornal Haaretz.

Citado pelo jornal, Oz considerou que o termo "preço a pagar", amplamente utilizado para descrever ataques contra palestinos e árabes israelenses por extremistas judeus, era um eufemismo.

"Há nomes gentis para um monstro que deve ser chamado pelo que é: grupos neonazistas hebreus", afirmou na sexta-feira a convidados da festa de seu 75; aniversário, de acordo com o Haaretz.

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[SAIBAMAIS]Nossos grupos neonazistas se beneficiam do apoio de muitos nacionalistas e até legisladores racistas, assim como de rabinos que lhes fornecem, do meu ponto de vista, uma justificativa pseudo-religiosa", acrescentou Oz.

Novas pichações anti-cristãs e racistas foram encontradas na sexta-feira em Jerusalém, onde a polícia aumentou a vigilância dos locais religiosos sensíveis a possíveis ataques com a aproximação da visita do Papa à Terra Santa no final de maio.

"O preço a pagar, o Rei David para os judeus, Jesus é um lixo", estava escrito na parede da Igreja Romana de São Jorge, perto de um bairro judeu ortodoxo de Jerusalém.

As palavras "Morte aos árabes" também foram pintadas em uma casa na Cidade Velha de Jerusalém e suásticas nazistas foram desenhadas nos muros de um apartamento em Jerusalém Ocidental, o lado israelense da Cidade Santa.

Com o nome de "preço a pagar", colonos extremistas e ativistas de extrema-direita têm intensificado nos últimos meses os ataques contra palestinos, árabes israelenses ou o exército de Israel, em resposta às decisões do governo que eles consideram hostis a seus interesses ou atos atribuídos aos palestinos.

Lugares de culto cristão e muçulmano também são alvos quase diários. Embora a polícia tenha feito várias prisões, elas ainda não resultaram em nenhum processo.

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