postado em 11/05/2014 08:00
O presidente da França, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel, classificaram ontem como ;ilegal; o referendo, previsto para hoje, que pode decidir pela independência de parte do leste da Ucrânia, tomada pela agitação separatista pró-Rússia. Após um encontro informal de dois dias em Stralsund, no norte da Alemanha, os líderes voltaram a ameaçar o Kremlin com novas sanções e pediram a Moscou que reduza o contingente militar na fronteira com a ex-república soviética. Ao mesmo tempo, os governantes apoiaram as eleições presidenciais ucranianas marcadas para 25 de maio.
Ativistas pró-Moscou do leste planejam realizar hoje uma consulta popular cujo objetivo é proclamar a independência das regiões de Donetsk e Lugansk, abrindo espaço para a formação de um novo estado, chamado Nova Rússia, formado ainda por Odessa, Kharkiv e Nikolayev. Ontem, urnas eram montadas nos locais de votação, mesmo depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter pedido, na quinta-feira, que o referendo fosse adiado, numa tentativa de se afastar de um processo que certamente não terá apoio internacional significativo.
Hollande e Merkel instaram, em um comunicado, o governo interino a evitar a violência para que as eleições presidenciais do dia 25 ganhem mais apoio. Segundo o ministro do Interior ucraniano, Arsen Avakov, 20 pessoas morreram na sexta-feira em Mariupol, durante confronto entre separatistas e policiais. No texto, os chefes de Estado defenderam um ;diálogo nacional entre os representantes do governo ucraniano e os de todas as regiões da Ucrânia;, que deve ;abordar todos os assuntos pendentes, sobretudo a ordem constitucional e a descentralização;. ;A celebração de eleições presidenciais livres e equitativas na Ucrânia em 25 de maio é de importância capital;, acrescentaram.
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