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Sindicatos opositores da Argentina protestam contra violência e inflação

Ao menos 2 mil pessoas seguiam para a Praça de Maio com bandeiras argentinas e sem cores de partidos

Agência France-Presse
postado em 14/05/2014 20:05
Trabalhadores acenam bandeiras argentinas durante um comício em frente ao palácio do governo Casa Rosada, em Buenos Aires
Os principais sindicatos que fazem oposição ao governo da presidente Cristina Kirchner organizavam uma passeata, nesta quarta-feira (15/5), para exigir ação do governo no combate à inflação, à pobreza e à insegurança crescente.

Ao menos 2 mil pessoas seguiam para a Praça de Maio - segundo a polícia - com bandeiras argentinas e sem cores de partidos, como propuseram os organizadores do protesto. Convocada pelo caminhoneiro Hugo Moyano e pelo líder sindical Luis Barrionuevo, ambos integrantes da ala opositora da Confederação Geral do Trabalho (CGT), a passeata parecia ter pouca adesão até o início da noite.



A Argentina, com 40 milhões de habitantes, tem uma das maiores taxas de inflação da América Latina, com 10% no primeiro trimestre de 2014, após um índice de entre 25% e 30% nos 12 meses de 2013. Outro alvo do protesto é a crescente insegurança no país, principal preocupação dos argentinos, segundo pesquisas recentes.

"Estão na direção errada, a Praça de Maio não é o local para se reclamar da segurança pública", ironizou o chefe de Gabinete, Jorge Capitanich.

O combate à pobreza também figura na agenda do protesto, em meio ao debate sobre a suspensão das estatísticas divulgadas pelo governo sob a alegação de "severas carências metodológicas".

Segundo o último relatório do governo, 4,7% da população vivem na pobreza, mas a Universidade Católica Argentina estima o mesmo índice em 27,5%.

"Políticos, prestem atenção. Somos o futuro", diz um enorme cartaz situado atrás do palco montado na Praça de Maio sobre o movimento sindical e seus dirigentes.

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