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Primeiro-ministro israelense insiste que Irã não pode ter arma nuclear

Israel afirmou várias vezes que não descartava uma operação militar para impedir que o Irã conseguisse construir a arma

Agência France-Presse
postado em 16/05/2014 11:40
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, insistiu nesta sexta-feira (16/5) diante do secretário americano de Defesa, Chuck Hagel, que as negociações com o Irã devem impedir que o país islâmico obtenha armas nucleares.

"A comunidade internacional não deve deixar o regime aiatolá vencer nas negociações que estão sendo realizadas com o Irã", disse, segundo seu gabinete, Netanyahu ao chefe do Pentágono em Jerusalém. "Não podemos permitir que o Irã, principal Estado terrorista do mundo, acabe confeccionando armas nucleares", acrescentou.

Hagel respondeu que seu país perseguia o mesmo objetivo: "Garanto a você, senhor ministro, e ao povo de Israel que os Estados Unidos se comprometem a não permitir que o Irã obtenha a arma nuclear", segundo um vídeo distribuído pela assembleia americana.

[SAIBAMAIS]Hagel chegou a Israel na noite de quarta-feira para uma visita de dois dias sobre a segurança e a cooperação bilateral, na última etapa de um giro regional centrado em Irã e Síria.

Seu encontro com Netanyahu ocorreu enquanto o Irã está negociando com representantes das grandes potências em Viena sobre os limites de seu controverso programa nuclear, esperando alcançar um acordo definitivo. "As negociações avançam, mas são difíceis", declarou em Viena o representante da chancelaria iraniana, Abbas Araghchi, citado nesta sexta-feira pela agência Isna.

Israel e vários países ocidentais denunciam que o suposto programa nuclear civil do Irã tem, na realidade, fins militares, embora a República Islâmica negue esta alegação.



O ministro da Defesa israelense, Moshe Yaalon, declarou na quinta-feira que os Estados Unidos e Israel devem mobilizar "todos os meios ao seu alcance" para enfrentar a ameaça nuclear iraniana.

Israel também não concordou com o acordo temporário alcançado no fim de 2013 pelo Irã e pelo "Grupo 5%2b1" (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha), segundo o qual o Irã suspendeu algumas de suas atividades nucleares sensíveis em troca do levantamento parcial das sanções econômicas ocidentais.

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