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Grupos armados islamitas participam de confrontos no leste da Líbia

O "exército nacional", afirma "levar adiante uma grande operação para limpar Benghazi dos grupos terroristas"

Agência France-Presse
postado em 16/05/2014 11:46
Grupos islamitas e uma unidade liderada por um ex-general aposentado, determinado a libertar Benghazi (leste) dos "grupos terroristas", se enfrentaram nesta sexta-feira (16/5) nesta cidade, a segunda maior da Líbia.

Membros da Força Aérea juntaram-se ao grupo do Khalifa Haftar, um ex-comandante da rebelião que derrubou o regime de Muammar Khaddafi em 2011, e bombardearam um quartel ocupado pela "Brigada 17 de fevereiro", uma milícia islâmica, segundo testemunhas.

[SAIBAMAIS]A milícia respondeu com disparos de armas anti-aéreas. Os dois grupos também se enfrentaram perto de locais ocupados pelas milícias islamitas na região de Sidi Fradj, no sul da cidade, informaram à AFP.

O grupo de Haftar, que se autodenomina "exército nacional", afirma "levar adiante uma grande operação para limpar Benghazi dos grupos terroristas", afirmou um porta-voz desta força, Mohamed al-Hijazi à rede de televisão Libya Awalan.

O chefe do Estado Maior do Exército líbio, Abdesalem Jadalá, negou que o Exército regular esteja envolvido nos confrontos em Benghazi.



Em declarações à televisão nacional, Jadalá pediu "aos militares e aos revolucionários que se opõem a qualquer grupo armado que tentem controlar Benghazi pelas armas". Para denunciar os assassinatos e ataques contra o Exército no leste da Líbia, vários militares juntaram-se à força militar do Khalifa Haftar.

Desde a queda do regime de Muammar Khaddafi, em 2011, Benghazi é palco de ataques quase diários e assassinatos contra o Exército e a polícia. As autoridades atribuem esses ataques a grupos islâmicos radicais.

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