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Guerrilhas da Colômbia decretam trégua durante eleição presidencial

Esta é a terceira trégua que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a maior guerrilha colombiana, decretam de forma unilateral desde o início do processo de paz com o governo

Agência France-Presse
postado em 16/05/2014 14:40
Havana - As duas guerrilhas da Colômbia, as Farc e a ELN, decretaram nesta sexta-feira (16/5) uma trégua unilateral diante da eleição presidencial de 25 de maio, declarou em Havana o delegado das Farc Pablo Catatumbo, afirmando que o gesto é uma luz de esperança.

"Ordenamos as nossas unidades que suspendam qualquer ação militar ofensiva contra as Forças Armadas do Estado ou contra a infraestrutura econômica a partir das 0h de terça-feira, 20 de maio, até as 24 horas de quarta-feira, 28 de maio", declarou o delegado das Farc, antes de iniciar um novo dia de negociações com a delegação do governo colombiano.

"A insurgência não acredita no regime eleitoral colombiano (...), no entanto, consideramos que um clamor nacional merece ser atendido", afirmou Catatumbo ao explicar a decisão, acrescentando que a decisão é "uma luz de esperança para um cessar-fogo bilateral".



Esta é a terceira trégua que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a maior guerrilha colombiana, decretam de forma unilateral desde o início do processo de paz com o governo, em 2012, para acabar com um conflito de meio século, e a primeira alcançada pelos dois grupos rebeldes. O Exército de Libertação Nacional (ELN) manifestou sua intenção de iniciar negociações de paz com o governo.

A delegação de paz do governo, liderada por Humberto de la Calle, não comentou com a imprensa o anúncio da trégua. Catatumbo disse que a trégua foi estabelecida pelos comandantes máximos das duas guerrilhas esquerdistas, Nicolás Rodríguez, do ELN, e Timoleón Jiménez, das Farc.

O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, que busca um novo mandato de quatro anos na eleição de 25 de maio, recusou-se a aderir às tréguas unilaterais ordenadas pelas Farc em novembro de 2012 (60 dias) e dezembro de 2013 (30 dias), afirmando que a guerrilha aproveitaria um cessar-fogo bilateral para se fortalecer militarmente.

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