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Harvard premia ex-aluno e líder opositor da Venezuela Leopoldo López

No caso de Leopoldo López, Harvard destacou seu "apoio à democracia e à transparência na Venezuela"

Agência France-Presse
postado em 17/05/2014 08:48
Nova York - A Universidade de Harvard anunciou nesta sexta-feira a entrega de seu prêmio "Alumni Achievement Awards" 2014 ao líder opositor venezuelano preso Leopoldo López, por "seu apoio à democracia e à transparência na Venezuela". O prêmio é concedido a um aluno de trajetória de excelência.

López, ex-estudante da Harvard Kennedy School (HKS), em 1996, é o primeiro premiado a receber a condecoração "na ausência", por continuar detido em seu país, anunciou o comitê de alunos da HSK em um comunicado.

Leopoldo López vencedor do prêmio

A mulher de López, Lilian Tintori, de visita nos Estados Unidos, foi a Boston (nordeste) nesta quinta-feira para receber o prêmio, disse ela em entrevista à AFP em Miami (sudeste).

Criado em 1997, o "Alumni Achievement Awards" da prestigiosa universidade com sede em Cambridge reconhece ex-alunos com mais de seis anos em suas carreiras, após a conclusão de seus estudos, que "melhoraram de maneira significativa a condição humana em qualquer nível (local, estadual, provincial, nacional, ou internacional)".

No caso de Leopoldo López, Harvard destacou seu "apoio à democracia e à transparência na Venezuela", por sua liderança como prefeito de Chacao e, depois, por seu papel nas manifestações que varreram o país.

"Desde fevereiro de 2014, estudantes lideraram marchas em protesto pelo fracasso do governo para resolver a alta inflação, o crime, a escassez de produtos básicos, a corrupção e a intimidação à imprensa e à oposição. López tomou a liderança, pediu uma discussão aberta sobre os caminhos constitucionais para chegar às mudanças exigidas pela população", explicou a nota.



"O governo venezuelano reagiu, reprimindo os protestos, detendo centenas de estudantes e ordenando a detenção de López, que decidiu se entregar de maneira voluntária às autoridades", acrescenta.

López está detido em uma prisão militar desde 18 de fevereiro, acusado de "instigação pública, danos à propriedade em grau determinante, incêndio em grau determinante e associação para cometer crimes".

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