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Gazprom não interromperá entrega de gás à Europa via Ucrânia

União Europeia, que importa um quarto de seu gás da Rússia, teme que esta medida dificulte a chegada deste combustível aos países europeus

Agência France-Presse
postado em 17/05/2014 12:11
Moscou - O gigante russo Gazprom não interromperá a entrega de gás destinado à Europa via Ucrânia, afirmou neste sábado seu presidente-executivo, Alexei Miller, para quem o grupo fará todo o possível para que a crise entre Moscou e Kiev não afete seus clientes europeus.

"A Gazprom fará todo o possível para que os consumidores europeus não tenham nenhum problema", declarou Miller à televisão russa.

O gigante do gás advertiu que suspenderá o abastecimento de gás de Kiev a partir de 3 de junho se esta ex-república soviética não pagar antecipadamente sua conta para este mês, 1,66 bilhão de dólares (1,2 bilhão de euros).

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A União Europeia (UE), que importa um quarto de seu gás da Rússia, teme que esta medida dificulte a chegada deste combustível aos países europeus.

Miller explicou que a medida não fechará completamente a torneira do gás para a Ucrânia, mas que "a Gazprom entregará simplesmente à Ucrânia o gás pago" antecipadamente.

"Na fronteira entre Rússia e Ucrânia, distribuiremos o gás necessário que a Europa deve receber via Ucrânia", especificamente a metade do gás russo com destino ao continente europeu, acrescentou o presidente-executivo.

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"Com base no contrato de trânsito fechado com a Ucrânia, ela tem como responsabilidade garantir o transporte de nosso gás à Europa", ressaltou Miller, garantindo que Kiev será responsável pelo consumo do combustível não autorizado em seu país. A Rússia acusa há anos a Ucrânia de ficar com parte do gás destinado à Europa, transportado por seu território.

O funcionário da Gazprom declarou que, em caso de problemas, o gigante russo pode transportar uma parte do gás destinado à UE pelo gasoduto Nord Stream, no mar Báltico.

"Poderíamos enviar desta maneira apenas 50 milhões de metros cúbicos por dia", ou seja, "a metade do volume entregue via Ucrânia", disse Miller.

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