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Cinco presidentes africanos declaram guerra ao grupo islamista Boko Haram

O presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, declarou que está totalmente decidido a resgatar as jovens sequestradas pelo Boko Haram

Agência France-Presse
postado em 17/05/2014 12:43
Paris - Cinco chefes de Estado africanos reunidos neste sábado em Paris por iniciativa do presidente François Hollande adotaram um plano de ação conjunto contra o grupo islamita nigeriano Boko Haram, classificado de grande ameaça para todo o continente. "Estamos aqui para declarar guerra ao Boko Haram", resumiu em uma coletiva de imprensa conjunta o presidente camaronês, Paul Biya.

O plano adotado prevê "a coordenação dos serviços de inteligência, o intercâmbio de informação, a centralização dos meios, a vigilância das fronteiras, uma presença militar ao redor do lago Chade e capacidade de intervenção em caso de perigo", detalhou Hollande ao término da cúpula.

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Seu colega nigeriano, Goodluck Jonathan, criticado pela lentidão de sua reação após os atos do Boko Haram, declarou estar plenamente comprometido em encontrar as cercas de 200 jovens sequestradas há um mês pelo grupo radical. "Estamos totalmente comprometidos em encontrar as meninas, onde quer que estejam", declarou.

O presidente do Chade, Idriss Deby, ressaltou "a determinação em enfrentar os terroristas que atacam a região. Estes terroristas já prejudicaram a subregião, deixá-los prosseguir é se arriscar a deixar toda a subregião da África em desordem", disse.

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"Estamos decididos a unir nossos esforços, nossos recursos (...) no âmbito regional e internacional", acrescentou o presidente de Benin, Thomas Boni Yayi. "A intolerância religiosa não tem espaço" na África, insistiu.

Já o presidente do Níger, Mahmadu Isufu, comemorou o fato de a cúpula ter permitido abordar o longo prazo e "o desenvolvimento econômico e social na região". Estados Unidos, Grã-Bretanha e União Europeia estavam presentes na cúpula de Paris.

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