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Colômbia lamenta a morte de 32 crianças em incêndio em ônibus

A tragédia ainda deixou mais 20 crianças feridas. O motorista do veículo está detido

Bogotá - A Colômbia lamenta a morte de 32 crianças em um ônibus incendiado no domingo (18/5) na localidade de Fundación (norte do país), enquanto as autoridades investigam a tragédia e aguardam o depoimento do motorista do veículo, que está detido. O governo, que atualizou o balanço de vítimas, informou que o ônibus circulava de maneira ilegal e que a imprudência do motorista se consolida como principal hipótese do acidente.



A prefeita de Fundación decretou luto de três dias e a proibição do consumo de bebidas alcoólicas. Os feridos sofreram queimaduras de segundo e terceiro grau e muitos se encontram em estado crítico, informou o diretor local da Cruz Vermelha, Cesar Ureña. A organização enviou quatro psicólogos e dois voluntários especialistas em apoio psicossocial para atender os parentes das vítimas e os feridos.

O motorista do ônibus incendiado, que não teve a identidade divulgada, foi detido e deve prestar depoimento nesta segunda-feira. "O motorista está detido. Ele se entregou às autoridades durante a manhã e deve prestar depoimento durante uma audiência", afirmou uma fonte policial de Magdalena. "Está detido temporariamente, enquanto determinamos sua responsabilidade", completou a fonte.

Uma das hipóteses do acidente indica que o motorista colocava gasolina no ônibus a partir de um recipiente com combustível de contrabando no momento da explosão. A polícia informou que o motorista se entregou depois da divulgação de que a hipótese de culpa do condutor estava sendo investigada. Parentes das vítimas atacaram a casa do suspeito e iniciaram uma busca paralela a das autoridades.

Segundo uma sobrevivente, o motorista "desceu do ônibus para colocar gasolina e todas as crianças estavam em cima. De um momento para o outro, o ônibus começou a soltar faíscas. Neste momento, o motorista desceu correndo para buscar água e foi embora". "Eu quebrei o vidro da janela e tirei minha irmã, mas não consegui salvar meus outros dois irmãos", completou a menina de 11 anos.