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Cameron diz que não renunciará se a Escócia optar pela independência

O premier reiterou que, se os escoceses decidirem permanecer no Reino Unido, o governo conservador dará à região novos poderes

Agência France-Presse
postado em 19/05/2014 11:09
Londres - O primeiro-ministro britânico, David Cameron, declarou nesta segunda-feira (19/5) que não vai renunciar se a Escócia se separar do Reino Unido no referendo de independência de 18 de setembro. "Não", respondeu Cameron categoricamente em uma entrevista à BBC, quando questionado sobre a possibilidade. Cameron autorizou o referendo organizado pelos nacionalistas escoceses do SNP (Partido Nacional Escocês), quando estes venceram as eleições regionais de 2011.

Cameron: eu quero que a Escócia permaneça no Reino Unido, mas em 2011 enfrentamos um dilema quando os nacionalistas foram eleitos para liderar o governo escocês
"Não. E eu acredito que é muito importante que as pessoas entendam, porque nem o meu nome nem o nome de ninguém aparece na cédula", explicou. "Eu quero que a Escócia permaneça no Reino Unido, mas em 2011 enfrentamos um dilema quando os nacionalistas foram eleitos para liderar o governo escocês. Ou permitia o referendo ou entrava em uma grande briga com eles dizendo ; não, não, vocês não podem ter esta opção".



"Acho que fiz a coisa certa, e então os outros partidos apoiaram. E eu ainda acho que foi correto dar aos escoceses um referendo justo, legal e decisivo. E é isso que vai acontecer", garantiu Cameron. O premier reiterou que, se os escoceses decidirem permanecer no Reino Unido, o governo conservador dará à região novos poderes. "Uma vez resolvido o problema, então poderemos nos comprometer com futuras transferências de poderes", disse ele.

Um porta-voz do governo regional escocês do SNP não quis avaliar as palavras do primeiro-ministro argumentando que "o que fará Cameron no dia seguinte à vitória do ;sim; é inteiramente de sua responsabilidade e de seu partido". Embora a diferença tenha reduzido em favor dos partidários da independência, as últimas pesquisas ainda mostram que a maioria prefere permanecer no Reino Unido (47% contra 38%, com 15% de indecisos).

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