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Ataques aéreos matam 60 rebeldes no Noroeste do Paquistão

Os talibãs paquistaneses, que lutam desde 2007 contra o poder em Islamabad, anunciaram em meados de abril o fim do cessar-fogo, apesar de não ter abandonado o processo de paz

Agência France-Presse
postado em 21/05/2014 08:38
Islamabad - Ataques da Força Aérea mataram 60 supostos insurgentes nas zonas tribais do noroeste do Paquistão, perto da fronteira com o Afeganistão, anunciaram fontes das forças de segurança paquistanesas.

O balanço anterior do exército indicava a morte de 32 insurgentes em "ataques aéreos de precisão" contra campos de talibãs no Waziristão do Norte.

"Até o momento, 60 terroristas, entre eles comandantes e (combatentes) estrangeiros morreram nos ataques de quarta-feira", afirma um comunicado do exército.

De acordo com a nota, os rebeldes atingidos estavam envolvidos em atos violentos recentes, como uma explosão em um campo de refugiados de Peshawar, atentados nas regiões de Mohmand e Bakhaur, assim como em ataques contra comboios das forças de segurança no Waziristão do Norte.

Os ataques aéreos se concentraram em Miranshah, capital da região semiautônoma e alvo frequente de bombardeios dos drones (avião teleguiado) americanos, considerada um reduto dos talibãs paquistaneses e afegãos, assim como de outros grupos vinculados à Al-Qaeda.

Helicópteros militares também bombardearam guaridas dos insurgentes em Mir Ali, cidade da mesma região, segundo fontes locais, que mencionaram vítimas civis dos bombardeios. Até o momento fontes independentes não confirmaram o balanço divulgado pelo exército.

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Em abril, o Tehreek e Taliban Pakistan (TTP, Movimiento Talibã do Paquistão), que luta desde 2007 contra o poder central, suspendeu o cessar-fogo de cinco semanas que pretendia dar um novo impulso às negociações de paz com o governo.

Nas últimas semanas confrontos entre facções rivais dos talibãs, principalmente entre os grupos de Khan Said Sakhna e Sheher Yar Mehsud, que disputam o poder no Waziristão do Sul, deixaram dezenas de mortos.

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