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Mais 54 partidários de Mursi condenados à prisão perpétua no Egito

Os réus foram acusados de pertencimento a um grupo "terrorista"

Agência France-Presse
postado em 21/05/2014 17:26
Cinquenta e quatro partidários do presidente egípcio deposto Mohamed Mursi foram condenados à prisão perpétua nesta quarta-feira (21/5) por um tribunal antiterrorismo por envolvimento em protestos violentos, informaram fontes judiciais.

Os réus foram acusados de pertencimento a um grupo "terrorista", de tentativa de assassinato, atos de violência, participação em manifestações não autorizadas e ataques à propriedade pública e privada, de acordo com as mesmas fontes.

Sentenças que variam de um a dez anos de prisão também foram pronunciadas contra 104 outros acusados, incluindo três estudantes, por acusações semelhantes.

[SAIBAMAIS]Desde a destituição de Mursi, em julho do ano passado, seus partidários protestam todas as semanas para exigir sua volta ao poder. Essas manifestações terminaram muitas vezes em confrontos com as forças de segurança e com grupos favoráveis às autoridades militares.



O governo egípcio também adotou em novembro uma lei que proíbe manifestações não autorizadas. Desde a destituição e prisão do único presidente democraticamente eleito da história do país, a polícia e os militares reprimem violentamente seus partidários. Mais de 1.400 deles foram mortos e 15.000 detidos.

A influente Irmandade Muçulmana, à qual pertence Mursi, foi declarada organização "terrorista" em dezembro, e centenas de pessoas foram condenadas à morte ou a longas penas em julgamentos em massa.

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