Agência France-Presse
postado em 22/05/2014 08:35
Beirute - O exército sírio conseguiu romper o cerco imposto pelos rebeldes há mais de um ano na prisão central de Aleppo, região norte da Síria, anunciou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH)."Depois de quase 13 meses de cerco imposto pela Frente Al-Nosra e as brigadas islamitas rebeldes, as forças do exército, apoiadas por combatentes leais ao regime, conseguiram romper o cerco da prisão central de Aleppo", disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.
Ele explicou que blindados do exército "entraram durante a manhã na área da prisão e foram ouvidos tiros para celebrar a chegada das forças leais ao regime.
[SAIBAMAIS]
O avanço do exército sírio na penitenciária, que fica na zona norte de Aleppo, permitiu "cortar uma via de abastecimento essencial para os combatentes rebeldes, entre as áreas que controlam e a fronteira com a Turquia.
"A única via de abastecimento que resta aos combatentes entre Aleppo e a fronteira turca é a conhecida com o nome de estrada de Castello, ao noroeste da cidade", afirmou Abdel Rahman.fl
Os combates na área da prisão deixaram pelo menos 50 mortos entre os rebeldes desde terça-feira, segundo o OSDH, que também informou sobre mortes entre os soldados do exército e os combatentes pró-regime, mas sem revelar o número.
Os insurgentes que cercavam a prisão desde abril de 2013, uma verdadeira fortaleza construída na década de 1960, afirmavam que desejam libertar os quase 3.500 detentos que estão no local em péssimas condições.
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Em fevereiro, os rebeldes conseguiram assumir o controle do complexo gigantesco, mas foram parcialmente expulsos por ataques aéreos. Vários detentos morreram durante o cerco em consequência da falta de comida, de medicamentos e de higiene.
O presídio tinha quase 4.000 detentos antes do cerco, incluindo islamitas. As péssimas condições humanitárias e os bombardeios provocaram as mortes de quase 600 prisioneiros, segundo o OSDH.