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Premiê da Autoridade Palestina dirigirá futuro governo de consenso

"O governo está quase pronto e Rami Hamdalah será o primeiro-ministro", afirmou a fonte ligada às negociações entre o movimento Fatah e o Hamas islamista

Agência France-Presse
postado em 22/05/2014 12:11
Ramallah - O futuro governo palestino de consenso composto por personalidades independentes será dirigido pelo atual primeiro-ministro da Autoridade Palestina, Rami Hamdalah, indicou uma fonte próxima às negociações.

[SAIBAMAIS]"O governo está quase pronto e Rami Hamdalah será o primeiro-ministro", afirmou a fonte ligada às negociações entre o movimento Fatah, do presidente Mahmud Abbas, e o Hamas islamista. "O presidente Abbas informou ontem (quarta-feira) a Hamdalah que dirigiria o governo de consenso", acrescentou. Um conselheiro de Ismail Haniyeh, o chefe de Governo do Hamas em Gaza, assinalou que foi proposto durante as discussões que "Abu Mazen" Abbas não dirigiria o próximo governo, cujo cargo seria confiado a outra pessoa.



"O movimento confirmou que não tinha objeções", enfatizou esta fonte, Basen Naim, acrescentando que o dirigente do Fatah encarregado do diálogo como Hamas, Azam al Ahmad, deve ir a Gaza a partir de domingo para fechar a formação do governo. Em sua visita anterior a Gaza, Azam al Ahmad assegurou, em 13 de maio, que o executivo transitório seria formado no prazo previsto, que vence no próximo dia 28.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) assinou em 23 de abril um acordo de reconciliação nacional com o Hamas, que governa a Faixa de Gaza. A OLP dirige a Autoridade Palestina e é reconhecida pela comunidade internacional como única representante legítima do povo palestino. No dia seguinte, o governo israelense suspendeu as negociações de paz e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou a aproximação interpalestina como "um gigantesco salto para trás". Já houve tentativas anteriores de reconciliação.

Hamas e Fatah (principal integrante da OLP) assinaram um acordo no Cairo, em 2011, e outro em Doha, em 2012, para pôr fim à divisão política entre a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Nenhum desses compromissos saiu do papel.

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