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FMI pode dar 3,5 bilhões de euros em ajuda à Grécia até fim de maio

Porta-voz do FMI negou-se a comentar o recente relatório do Financial Times sobre um secreto "Plano Z" discutido conjuntamente em 2012

Agência France-Presse
postado em 22/05/2014 16:52
Washington- O Fundo Monetário Internacional está pronto para liberar cerca de 3,5 bilhões de euros (4,8 bilhões de dólares) em fundos de resgate para a Grécia no final de maio, informou um porta-voz do FMI nesta quinta-feira (22/5). O Conselho Executivo do FMI, que representa os 188 países-membros, se reunirá no dia 30 de maio para discutir o desembolso, disse Gerry Rice, porta-voz da organização.

Espera-se que o Conselho libere os 3,5 bilhões de euros, após a aprovação da quinta avaliação do desempenho da Grécia, que está sob um programa de resgate internacional desde 2012, responsável por impopulares reformas de austeridade com o objetivo restaurar as finanças e enfrentar uma enorme dívida pública.

De acordo com o calendário inicial, o FMI deve desembolsar 1,7 bilhão de euros no final de maio, mas as negociações estão atrasadas devido à dificuldade de Atenas em atender as exigências do programa de ajuda. O próximo desembolso será o dobro "por causa da demora em alcançar um acordo sobre a avaliação entre o FMI e os parceiros do resgate, que são o Conselho Executivo da União Europeia, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu", disse Rice. A avaliação das contas gregas pelo FMI está prevista para julho.



A chamada "troika" dos credores internacionais concedeu à Grécia um resgate de 110 bilhões de euros em 2010, que dois anos depois passou a ser um pacote de 130 bilhões de euros, após o fracasso do primeiro plano de resgate. O porta-voz do FMI negou-se a comentar o recente relatório do Financial Times sobre um secreto "Plano Z" discutido conjuntamente em 2012 por FMI, Comissão Europeia e BCE para reconstruir a economia grega e sua infraestrutura financeira, caso o país deixasse a zona do euro.

"É nosso trabalho pensar nos diferentes cenários econômicos, para que possamos oferecer uma consultoria melhor aos nossos países-membros", comentou Rice. "Observamos os riscos. É parte do nosso trabalho."

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