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Justiça dos EUA indicia homem que manteve mulher refém por 10 anos

Acusado pode ser condenado a até 19 anos de prisão se for declarado culpado

Agência France-Presse
postado em 22/05/2014 17:01
Los Angeles - A justiça dos Estados Unidos acusou formalmente nesta quinta-feira (22/5) de cinco crimes o homem que supostamente sequestrou e estuprou por 10 anos uma jovem, que foi encontrada com vida na quarta-feira, pelos quais pode ser condenado a até 19 anos de prisão. Isidro García, de 42 anos, foi acusado de estupro, sequestro para cometer uma agressão sexual e de três crimes por atos lascivos com uma menor, indicou em um comunicado o gabinete do procurador do condado de Orange (sul de Los Angeles), Tony Rackauckas.

García pode ser condenado a até 19 anos de prisão se for declarado culpado de todas as acusações. A justiça também pode pedir para o acusado - que mantinha um relacionamento com a mãe da jovem e vivia com elas na mesma casa - uma fiança de um milhão de dólares durante a leitura da acusação nesta quinta-feira.

Entre outras coisas, o procurador Rackauckas acusa García de controlar a vítima, que hoje tem 25 anos, "dizendo que sua família não gostava dela e não estava a sua procura" entre agosto de 2004 e abril de 2014. "Também é acusado de ameaçar a vítima dizendo que, se chamasse a polícia para denunciá-lo, se envolveria em problemas por usar uma identidade falsa (...), e de deixá-la grávida" em 2010.



Segundo relatou a jovem à polícia de Santa Ana (sudeste de Los Angeles) na quarta-feira ao denunciar sua situação, García deu a ela documentos de identidade falsos quando a raptou e ao longo destes anos se mudaram várias vezes para evitar chamar a atenção das autoridades. Apesar das múltiplas chances que teve para escapar, a mulher não viu nenhuma forma de superar sua situação e "decidiu viver uma vida com García sob abusos mentais e físicos", declarou a polícia de Santa Ana.

Em abril de 2014, a jovem localizou pelo Facebook sua irmã. Tempos depois se reuniu com ela e sua mãe e tomou a decisão de denunciar o caso às autoridades. Pouco antes do sequestro, a polícia de Santa Ana foi alertada sobre um suposto caso de violência doméstica entre García e a mãe da vítima, mas os incidentes não puderam ser provados.

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