Agência France-Presse
postado em 28/05/2014 09:07
Cidade do Vaticano - O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (28/5) que tentou "estimular o caminho da paz no Oriente Médio, em particular na Síria", durante a recente viagem a Terra Santa. Diante de 35 mil fiéis reunidos na praça de São Pedro para a audiência geral semanal, o pontífice recordou que convidou "os presidentes de Israel e da Palestina ao Vaticano para orar pela paz", mas não entrou em detalhes.O papa afirmou no avião, durante a viagem de Jerusalém para Roma, que de nenhuma forma tentava uma "mediação". O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, disse que ainda não existe uma data definitiva para o encontro, que depende das agendas de trabalho de todos, mas várias fontes mencionaram o dia 6 de junho.
Diante dos fiéis, Francisco recordou que sua viagem por Amã, Belém e Jerusalém também tinha como objetivo "agradecer às autoridades e ao povo jordaniano por sua generosa recepção aos numerosos refugiados", sobretudo sírios. "Minha peregrinação também teve como objetivo confirmar na fé às comunidades cristãs desta região e manifestar o reconhecimento de toda a Igreja por sua presença e seu testemunho corajoso", completou, em uma referência à insegurança na qual vivem os cristãos do Oriente que abandonam em grande número as terras de seus ancestrais, sobretudo pelo risco do islamismo radical.
[SAIBAMAIS]"Agradeço aos irmãos e irmãs de língua árabe, em particular os que vêm da Jordânia e da Terra Santa. Como é bom e agradável que os irmãos habitem juntos", disse, ao citar um salmo. "Agradeço a generosa e carinhosa hospitalidade, e asseguro que os levo sempre em meu coração e em minhas orações. Peço para vós bens abundantes, uma prosperidade contínua e uma paz duradoura".
Ao falar sobre o aspecto ecumênico da viagem, "objetivo principal" da peregrinação, o papa recordou que orou com o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu, no Santo Sepulcro, o epicentro do cristianismo. "Manifestamos nosso desejo de perseverar no caminho da plena comunhão entre católicos e ortodoxos", disse.