Agência France-Presse
postado em 28/05/2014 17:19
Roma - A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) anunciou nesta quarta-feira que está preparando uma série de guias para ajudar a identificar os tubarões de águas profundas e a praticar uma pesca mais sustentável. "Embora não seja habitualmente o alvo da pesca, os tubarões e alguns grupos de esponjas e corais de água fria podem ser afetados por barcos que fazem pesca de arrasto em águas profundas, entre 200 e 2.000 metros", alertou a agência das Nações Unidas, com sede em Roma.
"A taxa de sobrevivência dessas espécies de captura acidental em águas profundas, após serem soltas novamente no mar, é baixa", reconheceu, em um comunicado. A agência internacional indica que poucos países dão atualmente informações detalhadas sobre a captura acidental em águas profundas, razão pela qual é difícil entender os efeitos da pesca nestes ecossistemas marinhos vulneráveis.
"Lá embaixo existe uma grande variedade de espécies estranhas e maravilhosas, que desempenham um papel importante nos ecossistemas de águas profundas", explicou Johanne Fischer, do Programa Fishfinder da FAO. "Mas cientistas e pescadores - acrescentou - podem ter problemas para identificá-las, já que há poucas ferramentas de identificação disponíveis. Por isso, tendem a reunir espécies como ;tubarões de águas profundas; quando informam sobre suas capturas", acrescentou.
"Em geral, a informação sobre as capturas de peixes cartilaginosos - tubarões, arraias, jamantas e tubarões fantasma, todos eles com esqueletos feitos de cartilagem em vez de osso - é escassa em comparação com a de peixes ósseos", acrescentou a agência. "Em nível mundial - e inclusive todos os tipos de pesca - só 36% das capturas de peixes cartilaginosos foram identificadas em nível de espécie ou gênero em 2011, em comparação com mais de 75% dos peixes ósseos", assegurou a FAO.
- Um guia para salvar um ecossistema precioso -
"Precisamos de uma visão mais clara do que está acontecendo e isto é parcialmente certo para as águas profundas", reforçou a analista pesqueira da FAO Jessica Sanders."Os novos guias de águas profundas da FAO ajudarão os pescadores a fornecerem informações mais detalhadas, e, como resultado, os países estarão em melhor posição para implementá-las", avaliou a especialista.
As águas profundas são o maior habitat do planeta, pois abarcam 53% da superfície do mar, e os pescadores exploraram cada vez mais seus recursos nas últimas décadas, segundo a FAO.A pesca em águas profundas nas áreas situadas fora da jurisdição nacional (zonas ABNJ, na sigla em inglês) fica fora do controle de qualquer país e se desenvolve com frequência em áreas de relevo marinho, como os montes submarinos.
"Esses ecossistemas costumam ser sensíveis, já que muitas espécies de águas profundas amadurecem e se reproduzem com lentidão, sendo especialmente vulneráveis à sobrepesca", advertiu a entidade internacional, que pede que autoridades e pescadores adotem estratégicas específicas.
O primeiro guia da série da FAO sobre espécies vulneráveis de águas profundas se concentra no Oceano Índico, uma das regiões mais diversas e menos conhecidas na área de peixes cartilaginosos de águas profundas. O guia é plastificado para seu uso no mar e inclui ilustrações coloridas dos tubarões mais difíceis de identificar ou capturados com maior frequência, assim como informações sobre outras espécies que costumam ser mal-identificadas.
O guia é acompanhado de um catálogo das espécies de maior profundidade, que inclui formação científica detalhada. A longo prazo, a série incluirá esponjas e corais e cobrirá todas as áreas mais importantes de pesca de águas profundas do mundo. A FAO leva tempo trabalhando para melhorar a gestão e conservação de tubarões e em 1999 conseguiu com que os países adotassem um Plano de Ação Internacional para a Conservação e Ordenação dos Tubarões, que estabelece que os países que pescam tubarões devem elaborar programas nacionais para a conservação e gestão dos mesmos. Até o momento, 18 das 26 principais nações do mundo que pescam tubarões têm um plano nacional sobre tubarões e mais 5 em processo de desenvolvimento.
"A taxa de sobrevivência dessas espécies de captura acidental em águas profundas, após serem soltas novamente no mar, é baixa", reconheceu, em um comunicado. A agência internacional indica que poucos países dão atualmente informações detalhadas sobre a captura acidental em águas profundas, razão pela qual é difícil entender os efeitos da pesca nestes ecossistemas marinhos vulneráveis.
"Lá embaixo existe uma grande variedade de espécies estranhas e maravilhosas, que desempenham um papel importante nos ecossistemas de águas profundas", explicou Johanne Fischer, do Programa Fishfinder da FAO. "Mas cientistas e pescadores - acrescentou - podem ter problemas para identificá-las, já que há poucas ferramentas de identificação disponíveis. Por isso, tendem a reunir espécies como ;tubarões de águas profundas; quando informam sobre suas capturas", acrescentou.
"Em geral, a informação sobre as capturas de peixes cartilaginosos - tubarões, arraias, jamantas e tubarões fantasma, todos eles com esqueletos feitos de cartilagem em vez de osso - é escassa em comparação com a de peixes ósseos", acrescentou a agência. "Em nível mundial - e inclusive todos os tipos de pesca - só 36% das capturas de peixes cartilaginosos foram identificadas em nível de espécie ou gênero em 2011, em comparação com mais de 75% dos peixes ósseos", assegurou a FAO.
- Um guia para salvar um ecossistema precioso -
"Precisamos de uma visão mais clara do que está acontecendo e isto é parcialmente certo para as águas profundas", reforçou a analista pesqueira da FAO Jessica Sanders."Os novos guias de águas profundas da FAO ajudarão os pescadores a fornecerem informações mais detalhadas, e, como resultado, os países estarão em melhor posição para implementá-las", avaliou a especialista.
As águas profundas são o maior habitat do planeta, pois abarcam 53% da superfície do mar, e os pescadores exploraram cada vez mais seus recursos nas últimas décadas, segundo a FAO.A pesca em águas profundas nas áreas situadas fora da jurisdição nacional (zonas ABNJ, na sigla em inglês) fica fora do controle de qualquer país e se desenvolve com frequência em áreas de relevo marinho, como os montes submarinos.
"Esses ecossistemas costumam ser sensíveis, já que muitas espécies de águas profundas amadurecem e se reproduzem com lentidão, sendo especialmente vulneráveis à sobrepesca", advertiu a entidade internacional, que pede que autoridades e pescadores adotem estratégicas específicas.
O primeiro guia da série da FAO sobre espécies vulneráveis de águas profundas se concentra no Oceano Índico, uma das regiões mais diversas e menos conhecidas na área de peixes cartilaginosos de águas profundas. O guia é plastificado para seu uso no mar e inclui ilustrações coloridas dos tubarões mais difíceis de identificar ou capturados com maior frequência, assim como informações sobre outras espécies que costumam ser mal-identificadas.
O guia é acompanhado de um catálogo das espécies de maior profundidade, que inclui formação científica detalhada. A longo prazo, a série incluirá esponjas e corais e cobrirá todas as áreas mais importantes de pesca de águas profundas do mundo. A FAO leva tempo trabalhando para melhorar a gestão e conservação de tubarões e em 1999 conseguiu com que os países adotassem um Plano de Ação Internacional para a Conservação e Ordenação dos Tubarões, que estabelece que os países que pescam tubarões devem elaborar programas nacionais para a conservação e gestão dos mesmos. Até o momento, 18 das 26 principais nações do mundo que pescam tubarões têm um plano nacional sobre tubarões e mais 5 em processo de desenvolvimento.