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Israel proíbe a entrada de três futuros ministros palestinos na Cisjordânia

O chefe da administração militar israelense nos territórios palestinos, o general Yoav Mordechai, comunicou à Autoridade Palestina a sua recusa em autorizar os três ministros de Gaza a viajar para a Cisjordânia

Agência France-Presse
postado em 01/06/2014 09:46
Jerusalém - Israel negou a entrada na Cisjordânia de três futuros ministros do governo palestino de unidade nacional, que participariam na segunda-feira (2/6) em Ramallah da apresentação do novo gabinete, anunciou a rádio pública israelense.

O chefe da administração militar israelense nos territórios palestinos, o general Yoav Mordechai, comunicou à Autoridade Palestina a sua recusa em autorizar os três ministros de Gaza a viajar para a Cisjordânia, segundo a rádio.

Procurados pela AFP, os porta-vozes do Ministério da Defesa e do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não confirmaram a informação.

No sábado, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, afirmou que o futuro governo será anunciado na segunda-feira, depois de vários dias de atraso.

"O governo de consenso de tecnocratas independentes será apresentado na segunda-feira", disse Abbas. "Os ministros não serão membros do Fatah", o movimento liderado por Abbas, "nem do Hamas", no poder na Faixa de Gaza, acrescentou.


Israel denuncia o acordo entre a Organização de Libertação da Palestina (OLP), dirigida por Abbas, e o Hamas, que considera uma organização "terrorista".

Neste domingo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu para que a comunidade internacional "não se precipite" para reconhecer o próximo governo de reconciliação palestino.

"Peço a todos os líderes da comunidade internacional a não se precipitar para reconhecer um governo palestino, ao qual o Hamas é membro integrante, e que se apoia no Hamas", afirmou Netanyahu durante o conselho de ministros.

"O Hamas é uma organização terrorista que prega a destruição do Estado de Israel", acrescentou o premiê, para quem a formação deste governo "não irá reforçar a paz, vai reforçar o terrorismo".

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