Rodrigo Craveiro
postado em 03/06/2014 08:41
Três candidatos, três milhões de sírios refugiados em países vizinhos, uma guerra civil de 150 mil mortos e uma única certeza: a Síria realiza hoje uma das eleições presidenciais mais suspeitas da história moderna. Certo da vitória, o ditador Bashar Al-Assad disputa o controle do país com dois rivais desconhecidos. Um deles é o parlamentar e empresário Maher Hajjar, cujo lema de campanha ; ;a Síria está com a Palestina; ; parece tão nebuloso quanto suas propostas. O outro, Hassan Nouri, foi professor de economia e um ministro de gabinete que renunciou por não aceitar as posições de Damasco. Para a oposição, a votação não passa de um embuste para forjar a legitimidade de Al-Assad perante a comunidade internacional.
;As eleições são ilegítimas e não têm qualquer importância para o povo sírio. Todas as urnas estão sabotadas;, afirmou ao Correio, sob condição de anonimato, um morador de Zamalka, situada 6km a nordeste de Damasco. ;Todo o processo vai ocorrer sob a coerção das milícias shabiha, a fim de preservar a integridade da brutalidade do regime. Meu povo está ciente da farsa representada pelo sistema eleitoral;, acrescentou. Segundo ele, mesmo os sírios que vivem em locais liberados e sob o controle do Exército Sírio Livre não dão a mínima para as eleições.
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